sexta-feira, 31 de janeiro de 2025

Inspirado, viajarei para as estrelas

Inspirado, viajarei para as estrelas
Autor: Luiz Alberto Quadros Gonsalves, o Poeta Sem Talento
É noite...estrelas no céu a brilhar,
no horizonte um flash de luz e amor,
a lua surgindo para observar,
na terra um momento de aperto e dor.
.
Inspirado, viajarei para as estrelas,
vou muito acima dos horizontes,
em busca de letras doces e singelas,
eu vou construir estradas e pontes.
.
Deixarei o meu olhar taciturno,
melancolia que eu trago no peito
e quando eu estiver nos anéis de Saturno,
é certo que esquecerei este momento.
.
É tudo que eu que aconteça
buscar o etéreo sublime e perfeito
e que nas letras do poema apareça
o extrato d'amor que trago no peito.
.
É noite, mulher-do-olhar em candura,
esvoaço em letras ao sabor da brisa,
nas estrelas encontro amor e ternura,
esboço armado de forma improvisa.  


 

quarta-feira, 29 de janeiro de 2025

Não me pergunte

Não me pergunte
Autor: Luiz Alberto Quadros Gonsalves, o Poeta Sem Talento
Não me pergunte pelo acaso,
a casualidade é toque do destino,
alternativa dos dias em divago,
sonatas aos ventos em erros,
moída na dor e um triste abraso.
.
Não me pergunte sobre o ocaso,
o horizonte é doce fado incerto,
não há margem para falta e nem afago,
andar em brisa à revelia,
percorrendo vales e também desertos.
.
Não me pergunte por falsos casos,
a vilania se encontra todo o dia,
às vezes é danosa e leva ao atraso,
usurpando do ser toda a alegria,
mutilando um coração sofredor.
.
Não me pergunte sobre estes rasos,
em trilha livre, tristes e sem utopia,
andar à toa, andarengo campeador,
buscando na letra o real ou a fantasia,
orbitando entre ardor e o abandono.
.
Não me pergunte por este meu descaso,
perdido com o olhar nas estrelas,
catando letras com toque ufano,
como quem não se preocupa com o amanhã,
uma vez que na vida eu tenho fé.


 

terça-feira, 28 de janeiro de 2025

Em busca da seleta

Em busca da seleta
Autor: Luiz Alberto Quadros Gonsalves, o Poeta Sem Talento
Estanca em mim uma voz silenciosa,
sussurro abstrato de um poema
que dança frenética correria vertiginosa,
indelicado som em forma de fonema.
.
E a palavra se faz mister, 
embora mística e obscura
salpicando em tintas intricadas,
sem nexo e nem candura.
.
Na louca disparada da vida
o amor se confunde com profano,
se há alguma letra voadora e perdida,
por isto eu tento fugir de mil enganos.
.
Há de existir uma aresta secreta,
onde repousa o pássaro que se inspira,
em respiro sonante que aspira a predileta,
que, de longe sonha e, também, suspira.
.
E assim, tateando divagos e incertas,
segue o poeta a sua sina indolente,
c'as asas em sonhos, soltas e libertas,
em busca da seleta em flamas fluentes.



 

segunda-feira, 27 de janeiro de 2025

O contador de estrelas

O contador de estrelas
Autor: Luiz Alberto Quadros Gonsalves, o Poeta Sem Talento
O dia vai, a noite vem,
da janela eu conto as estrelas,
são muitas, mais de cem,
no ar, intenso e ardente,
um marco para frases singelas,
é extrato do dia, pesado e quente.
.
Onde está a vida de quem perdeu a esperança?
Eu trago comigo um conto enternecedor,
não perdi a capacidade de sonhar e ter confiança,
acredito na vida, porque vivo o amor.
.
Conto de fada de alguém que conta as estrelas,
astros dos mistérios de divas e das fadas,
a energias nos traz sonhos e quimeras,
lembranças de musas e esperanças nas amadas.
.
O mundo gira e  traz os dias indefinidos,
imagine um dia de frio na tristeza e na escuridão,
seja poeta e conte as estrelas, astros sibilinos,
seja um sonhador e tenha no peito amor e paixão.
.
Não desanime com as tristezas que a vida traz,
tenha sempre consigo um sonho sedutor,
seja poeta e tenha uma fada e um canção d'amor,
viva c'as faces voltadas  às coisas que não trazem a dor;
busque os sonhos, conte sem medo as estrelas,
tenha vida na vida e na vida tenha a paz.


 

quinta-feira, 23 de janeiro de 2025

Pajada da Querência

Pajada da Querência
Não vou deixar morrer o amor pela Querência,
grandioso é este sol no azul que me abriga,
e aquece o pampa, belo na própria existência,
extenso e mui largo este pampa querido
e que é a razão desta pajada, cantada à antiga.
Chimango da pilcha pobre e lenço colorido,
liberal, gaudério e com amigos maragatos,
lembro do meu velho e de uma dita amiga,
"seja amigo verdadeiro, fiel e agradecido,
olhe nos olhos e nunca seja mau ou ingrato."

"Não provoque banzé e não corra sem ver do quê,
da prenda um cafuné, mas o respeito lhe é por direito."
Na brasa um pedaço de costela gorda é prato sem defeito,
em volta uma prosa amiga com muitos casos verdadeiros,
a gaúchada reunida é coisa linda de ser ver,
cada um fala do seu jeito e cada traço maneiros,
mas ninguém é complicado, gente buena de se entender
é este o amor que eu tenho por esta querência,
e nesta pajada, canto antigo, eu libero a minha essência.
.
OBS:
­Pajada é uma forma de poesia improvisada, cantada em versos, que é comum no Rio Grande do Sul, Argentina, Uruguai e Chile. 
A pajada é composta por estrofes de 10 versos.


 

quarta-feira, 22 de janeiro de 2025

Não, eu não esqueci você

Não, eu não esqueci você
(versos livres)
Autor: Luiz Alberto Quadros Gonsalves, o Poeta sem Talento
Não, eu não esqueci você, querida,
eu não poderia lhe esquecer inteiramente ou para sempre,
você foi uma luz que iluminou na minha hora perdida,
mostrou que as estradas são inúmeras, variadas e diferentes,
aceitou o meu lado encabulado, fraco e temeroso no raiar de cada dia,
estava ao meu lado até quando eu andava solitário na madrugada vazia.
Por incontáveis momentos você escutou as dúvidas que eu tinha
e em noites, quando batia a dúvida do amanhã que não chegava,
você dividiu comigo os meus segredos e infinitas vezes saciou os meus sentimentos.
Voce sorria e tinha a alma alegre e cheia de vida,
e, por tudo isto e muito mais, eu não lhe esqueci, querida.
Eu sei que os nossos na terra não são para sempre,
mas dentro de mim eu terei você eternamente.
Não, eu não esqueci você, querida,
eu não poderia lhe esquecer inteiramente ou para sempre.


 

terça-feira, 21 de janeiro de 2025

Do poeta a mais doce e predileta

Do poeta a mais doce e predileta
Autor: Luiz Alberto Quadros Gonsalves, o Poeta Sem Talento
Há os que dizem que a poesia é ciência
e pelo o imaginário, em sincera ficção, 
o poeta dá o seu parecer da verdade,
dizendo em versos o que tem no seu coração.
.
E em cada verso gravado no papel,
o bardo sonhador idealiza a sua seleta,
em, em contraste com o natural,
cria assas aladas em direção ao céu,
trazendo após um dito, talvez, surreal,
a verdade da a sua genuína imagem poeta.
.
Afirma-se que a musa tem um pedestal,
suporte dourado e em lírios ornados,
firmado no altar em épica efígie celestial,
beldade tão doce que ameiga serenamente.
.
Há de ser ter a certeza de que és,
sim, claro que és, aquela que encanta
com a tua tenuidade de fada e mulher
e na estrada da vida se afirma e abrilhanta.
.
Uma vez que, mulher-do-olhar em candura,
os deuses te modelaram diva seleta,
condensando a tua essência em doçura,
és agora do poeta a mais doce e predileta.


 

domingo, 19 de janeiro de 2025

Ao Mundo Dos Sonhos

Ao Mundo Dos Sonhos
Autor: Luiz Alberto Quadros Gonsalvves, o Poeta Sem Talento
Eu te vi na passagem do dia para noite,
quando a luz esfíngica penetrou no recinto,
com uma mensagem de um anjo celestial.
.
E tu tinhas um doce e meigo olhar sucinto,
que em suave e alinhado mistério e quietude,
trouxe maciez e brandura ao mundo,
em fina e viva energia, positiva e tão real.
.
Tu nem eras um anjo (tu és bela e natural),
elegante como uma dama ou princesa,
repleta em amor e sedução de mulher madura,
sibila em épico poema ou diva da mitologia,
uma vez que o teu glamour é fausto em doçura.
.
E a tua graça perfumou o ambiente tão doce,
delicadamente as amarguras se esvairam,
ou se transformaram em lírios e flores,
pois em cada aresta, por escondido que fosse,
saltitavam afáveis energias em amores.
.
O mundo se adoçava em paz e harmonia,
terminavam-se as tristeza e as dores,
e, o poeta extasiado por teu encanto e magia,
adentrou ao mundo dos sonhos...
escrevendo esta poesia. 


 

sábado, 18 de janeiro de 2025

Um país dividido não é bom para ninguém

Um país dividido não é bom para ninguém
Autor: Luiz Alberto Quadros Gonsalves, o Poeta Sem Talento
Dentro de mim a escuridão,
de uma noite escura e fria,
sofre por mim o coração,
tão longe está o raiar do dia.
.
Niguém agora está acordado,
a pena tão longe do papel
descansa triste ao meu lado,
no mundo tudo virou extenso babel
.
Como falar da fé e da esperança?
Agora está está tenso e tão errado,
amigos distantes em ponta de lanças,
cada um por si, todos mal amados.
.
Vai ser um longa noite de agonia,
até que alguém consiga compreender,
a noite escura não gera poesia,
é preciso dar as mãos e muita coisa esquecer.


 

sexta-feira, 17 de janeiro de 2025

Em algum momento

Em algum momento
Autor: Luiz Alberto Quadros Gonsalves, o Poeta Sem Talento
Andava tenso na tarde iluminada,
o sol abrasava insensível e fugaz,
a transpiração atrevida e atirada
incomodava e tirava a paz.
.
Por um momento, da vida esquecido,
eu olhei a vitrine de uma loja ornada,
sob a marquise, absorto e distraido,
 descobri que ali eu pensava em nada.
.
A vida é labor em frenética corrida,
as vezes nem tempo temos para pensar,
os dias passam em crises e recaídas;
mas em algum momento nós temos que respirar.


 

quarta-feira, 15 de janeiro de 2025

Você conhece o pampa gaúcho?

Você conhece o pampa gaúcho?
Autor: Luiz Alberto Quadros Gonsalves, o Poeta Sem Talento
Você conhece o pampa gaúcho?
O pampa é vasto, verde e ondulado,
extenso que é eu fico pequerrucho
de tanto olhar o pampa por todo lado.
.
Me maravilha o espito aventureiro
de andar solito, contente e radiante,
sou feliz e não tenho dinheiro,
sem prata, mas feliz no pampa andante.
.
O pampa me é a imagem viva da liberdade,
o cheiro do verde refresca a alma,
na cidade a lembrança desperta a saudade,
cisma a gente e seca a calma.
.
No pampa a gente não anda atoa,
tem sempre algo que chama a atenção,
na vertente tem água fresca e boa,
no verde um toque sublime no coração.
.
Você conhece o pampa gaúcho?
O pampa é belo, vivo e gigante,
o pampeiro é homem simples e sem luxo,
mas feliz por ser uma parte do Rio Grande.




 

terça-feira, 14 de janeiro de 2025

As infinidades do universo

As infinidades do universo
Autor: Luiz Alberto Quadros Gonsalves, o Poeta Sem Talento
Suavemente a luz da lua penetra no recinto
e a imagem sua, dócil e amável,
translado do irreal mundo que eu sinto,
oriundo em utopias da delicada ternura,
comparece, também, em vista admirável.
.
E você chega como a sonata da espera,
trazendo o devaneio, o sonho e a doçura,
fruto do que eu trago no peito retido,
o intento em cândida ousadia assumida,
que tortura a alma em doce ternura.
.
E a sua presença é inocente e pura,
como o ode que o poeta risca no papel,
e traz em cada letra dos seus versos,
uma mensagem d'amor imaculada em ternura,
que esvoaça, como as aves que voam no céu,
buscando as infinidades do universo.


 

sexta-feira, 10 de janeiro de 2025

Fim de tarde

Fim de tarde
Autor: Luiz Alberto Quadros Gonsalves, o Poeta Sem Talento
Límpida tarde, triste e suave,
o sol no horizonte amarelado
vai embora em doce suavidade.
No céu cruza um pássaro atrasado,
apressado esvoaça firme e leve,
na pressa marota de ter velocidade.
.
Tarde mansa que desafoga o dia,
o esgotamento pelego já é quase nada,
mas o quase também é uma beirada,
é hora de um respiro renovador,
para buscar lá do fundo a fantasia
e cravar no bloco um poema d'amor.


 

Distante e inacessível

Distante e inacessível
Autor: Luiz Alberto Quadros Gonsalves, o Poeta Sem Talento
Inexplicável desejo que arrebata
e traz consigo o insensato sofrimento,
não há remédio que cure ou combata,
não há poema, lírio e nem acalento.
.
No peito tange uma dor que maltrata,
torturando a alma com este ferimento,
fragmentando o ser em forma insensata,
as flores murcham em dor e desalento.
.
Estrela distante que brilha no paraíso,
O Destino te fez atraente e delicada,
És canto d'amor ou rosa no céu Dionisio.
.
Na mitologia este deus festeja a alegria,
e o poeta na terra te mira, doce fada,
e faz do teu sorriso uma triste poesia.


 

quinta-feira, 9 de janeiro de 2025

Na imensidão do pampa a paz

Poema que está em um evento no Grupo Poeta Intergalácticos
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FUNDACIÓN AMAZONÍA PRODUCTIVA Y POETAS INTERGALÁCTICOS
I EVENTO LITERARIO INTERNACIONAL 2025
POESIA POR LA VIDA
(Sobre o Direito à Vida - consagrado no Artigo 3 da Declaração Universal dos Direitos Humanos)
Primeira Opção
Brasil - Rio Grande do Sul - Porto Alegre
Título: Na imensidão do pampa a paz.
Autor: Luiz Alberto Quadros Gonsalves, o Poeta Sem Talento
No pampa da minha terra querida,
No dorso de um cavalo Haragano,
Amigo de peleada e longa data,
Reflito sobre o mundo e os seus enganos
Vento fresco, amável e suave brida.
Quem dera que mundo fosse só de paz,
Como o verde do pampa, imenso e plano.
Esvoaço, a liberdade muito me apraz.
Lembro que o Direito Sagrado à Vida
É esquecido pelo homem que maltrata
e dos céus, do mundo e da gente tira a paz.
É triste ver tanta gente insensata.



 

sábado, 4 de janeiro de 2025

Oásis Sem Rio

Oásis Sem Rio
Autor: Luiz Alberto Quadros Gonsalves, o Poeta Sem Talento
Neste momento o silêncio impera,
o conto de fada não virou realdade,
o norte inatingível virou quimera,
impossível pensar em outra verdade.
.
O bloco despovoado se desespera, 
felicidade, anjo tosco e sem faculdade,
é a imagem atrapalhada do que era
aquela ânsia desmedida em veleidade.
.
Audácia é quimera que abrasa atoa,
pensar derrotar o mundo é pisar no vazio,
o mundo segue, quem fica é a pessoa.
.
No deserto a noite é densa e reina o frio,
o destino achincalha, zomba e caçoa,
bloco triste e sem versos é oásis sem rio.  


 

quinta-feira, 2 de janeiro de 2025

Sempre Nascente

Sempre Nascente
Autor: Luiz Alberto Quadros Gonsalves, o Poeta Sem Talento
Os meus passos, antes fortes e vigorosos,
hoje são leves, sem a alegria e morosos,
perdi o impulso que arrebata ao vazio,
todavia, não esmoreci, tremi ou fiquei frio.
.
Ainda habita em mim uma chama d'amor,
posto que, ternura sempre alivia a dor,
e a imensidade velada do etéreo celeste
é a esperança do fim neste tórrido agreste.
.
Eu olharei sempre para o ilimitado,
e, vagaroso, firme  e determinado
andarei com fé ao horizonte poente,
sem medo do ocaso, pra mim é nascente.


 

quarta-feira, 1 de janeiro de 2025

Poetizando-te

 Poetizando-te

Autor: Luiz Alberto Quadros Gonsalves, o Poeta Sem Talento

Neste instante em que eu olho o azul celeste

lembro-te  em cada minúcia do teu jeito de ser,

acredite, foi nos teus olhos que eu encontrei

este imoderado desvelo no escrever,

louco anelo e cuidado que tu me deste.


Descomedido, um traço com a pena no papel,

suave acalento que dança em ritmo e candura,

uma história organizada pelo anjo da fortuna,

um poema que adeja a procura do Sétimo Céu,

na mente poeta e só aguarda a hora oportuna.


Poetizar-te, pois tens um coração em ternura,

uma alma cristalina que só guarda bons sentimentos,

energia interior que amaina qualquer amargura,

a fibra de quem luta e vence todas as adversidades.


És brisa refrescante, não tormenta de vento,

tens um coração puro e nenhuma maldade...


Poetizando-te...



O véu da censura no destempero do vento

O véu da censura no destempero do vento. Luiz Alberto Quadros Gonsalves, o Poeta Sem Talento Em enleios, amargos ou doces, fantasias n...