Pincelando os versos imperfeitos
Autor: Luiz Alberto Quadros Gonsalves, o Poeta Sem Talento
Fiz com os meus versos um poema pragmático,
eu versei em trivial tonalidade enfática,
longe da brisa, sem o perfume das flores,
camuflado com as minhas dores dogmáticas,
porque via em mim a cancela fechada,
sem o luar iluminando o escritório.
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A alma doía em perdas e diluía em dores,
o futuro corria incerto em ventos aleatórios.
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Depois caí em mim poeta parvo e sibilino,
uma vez que sempre cantei as coisas da vida,
c’as palavras de um feliz homem/menino
e sem medo de buscar no mundo os meus amores.
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Teci o místico c’as letras esvoaçantes e herméticas,
brilhei o fausto que em mim viva a sorrir.
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Nunca tive medo da censura e nem da métrica;
pra mim o importante é o esvoaçar de um colibri.
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Agora vou surpreender o mundo desinteressado
que olha o trivial com um sorrateiro olhar soberbo,
marcarei compasso na busca do etéreo no vasto universo,
sem o medo do erro, decidido, forte e determinado;
falarei de amores e da vida em liras e verbos
pincelarei da minha maneira os meus versos.
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