Sonata da despedida
Autor: Luiz Alberto Quadros Gonsalves, o
Poeta Sem Talento
Bem sabe que tens por si todo o domínio
em afortunada e atraente sedução,
és na verdade um poema em melodia,
mensagem em insinuante vaticínio
regido nos sons da d’alma e em sintonia
c’os mais belos arranjos do coração.
.
Bem sabe que em mim mora a fragilidade
e da vida o que trago é só amor condensado,
sem este amor nada seria, pois nada sou,
no fado da estrada levarei uma verdade,
a tua imagem perene em visto e glamour,
fruto d’amor que n’alma foi guardado.
.
Não sei por quanto tempo serei viajante
nesta estrada terrena em arreia movediça
eu tenho o passo cansado da poeira que comi
e a estrada não aceita a dor e nem a
preguiça,
pior, ainda perdi aquele ar de alegre
colibri;
o passado vai ficar e agora será o doravante.
.
Beldade
que cativou coração desventurado
não tenho a esperança dos teus olhos e
coração,
eu sou um fruto perdido em uma estrada
deserta,
mouro que vaga sem o equilíbrio do lado,
sem aresta e minguado não há de fato solução,
penar não é preciso, afastar é fazer a coisa
certa.
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