segunda-feira, 29 de maio de 2023
Divagando
quinta-feira, 18 de maio de 2023
Sonata da despedida
Sonata da despedida
Autor: Luiz Alberto Quadros Gonsalves, o
Poeta Sem Talento
Bem sabe que tens por si todo o domínio
em afortunada e atraente sedução,
és na verdade um poema em melodia,
mensagem em insinuante vaticínio
regido nos sons da d’alma e em sintonia
c’os mais belos arranjos do coração.
.
Bem sabe que em mim mora a fragilidade
e da vida o que trago é só amor condensado,
sem este amor nada seria, pois nada sou,
no fado da estrada levarei uma verdade,
a tua imagem perene em visto e glamour,
fruto d’amor que n’alma foi guardado.
.
Não sei por quanto tempo serei viajante
nesta estrada terrena em arreia movediça
eu tenho o passo cansado da poeira que comi
e a estrada não aceita a dor e nem a
preguiça,
pior, ainda perdi aquele ar de alegre
colibri;
o passado vai ficar e agora será o doravante.
.
Beldade
que cativou coração desventurado
não tenho a esperança dos teus olhos e
coração,
eu sou um fruto perdido em uma estrada
deserta,
mouro que vaga sem o equilíbrio do lado,
sem aresta e minguado não há de fato solução,
penar não é preciso, afastar é fazer a coisa
certa.
segunda-feira, 8 de maio de 2023
Texto poético livre e solto
Texto
poético livre e solto
Autor: Luiz
Alberto Quadros Gonsalves, o Poeta Sem Talento
Pensando em você eu me torno um poeta
bem-aventurado que, do nada, deparou-se com a sua mais doce deidade.
Olhando para você eu me imagino um afortunado,
pois consegui atrair a sua atenção.
Acordar
para a realidade não vai fazer de mim um covarde; pode até fazer de mim um
homem com medo das perdas que o tempo pode trazer, todavia a consciência da
minha fragilidade vai sempre me lembrar de que, mesmo distante, você nunca vai
me esquecer.
O mundo poderá nunca saber deste amor puro,
mas forte por que enfrenta o inatingível; mas o que me importa o mundo, se eu
me importo com você?
domingo, 7 de maio de 2023
Oásis refrescante em pleno deserto
Oásis refrescante
em pleno deserto
Autor: Luiz
Alberto Quadros Gonsalves, o Poeta Sem Talento
És mulher esbelta
e delicada
tal sílfide da
Mitologia Céltica,
esvoaçando em
campos floridos,
divina, meiga e
eclética,
pois tens o
prisma do discernimento
da experiência
dos tempos vividos.
.
És um anjo em
essência sonhadora,
um olhar que
cativa e enternece,
felina como
sibila doce e amorosa,
fortuna em caixa
de pandora
sublime caricia
de amor que apetece,
até parece
perfume de rosa.
.
És do poeta um
sonho dourado,
aquela que diva
se fez coração,
a dona de versos
sem conflitos
quimeras d’amor
em meigos ornados
que buscam a
sedução
ou, talvez, o
etéreo do infinito.
.
E o poeta segue
um rumo incerto,
nutrido com os
seus versos sinceros,
mendiga um pouco
do teu olhar,
oásis refrescante
em pleno deserto,
ou versos
versados por Dante ou Homero,
uma vez que,
tácito, o poeta teima em sonhar.
Um parvo poeta versejador
Um
parvo poeta versejador
Autor:
Luiz Alberto Quadros Gonsalves, o Poeta Sem Talento
Eu busquei
horizontes com palavras singelas,
Absorto
em mim e com o absurdo na essência,
Descrevi
um simples panorama visto da janela,
Perdido
no nada, sem guia e nem referência,
Vi o nascer
de fadas, duendes e querubins,
Encantei-me
com a beldade dos cabelos aloirados;
Ela era
um encanto vestida em sonhos e cetim,
A sua
voz invadia um espaço desocupado,
Marcando
a vida na sonata de uma poesia,
Que transcendia
o celeste do meu interior,
Iluminando
a minha estrada e o meu dia,
Fazendo
aflorar um parvo poeta versejador.
O meu real
O meu real
Autor: Luiz Alberto Quadros Gonsalves, o
Poeta Sem talento
Irrita-me esta cobrança da perfeição,
ninguém o é...
somos todos limitados em cifra e refrão,
bico de papagaio em alma banzé.
.
Piegas esta história de buscar o sentido
social e humano,
digito simples na busca de um acalento,
tinjo o poema sagrado com um verso profano
e nunca neguei que eu sou um poeta sem talento.
.
O tal
de formoso redigir eu não domino,
serei
sempre simples e compacto,
buscando
a orientação na luz do Divino,
escrevendo
rude e singelo, conforme o nosso pacto.
.
Talvez
no longínquo alguém se apiede do meu verso
e faça
uma oratória em pró da minha memória,
uma vez
que mesmo distante, em outro universo,
aqui,
na terra, emoldurado, eu deixarei a minha história.
.
Nas
entrelinhas eu descrevi uma diva afortunada,
no corrimão
da estrada eu segurei firme o meu escasso,
versei
mil versos amargurados e soltos em noite calada,
distribui
poemas, sonatas, acrósticos e mil abraços.
.
Fiz
a minha arte gratuita sem efeito artificial,
e se
alguém deu de ombros e nem ligou,
pra mim
tanto faz como tanto fez, é normal,
não me importa o que pensa o outro enquanto o meu universo for “o meu real”.
quinta-feira, 4 de maio de 2023
Um pássaro esvoaçando no etéreo
Um pássaro esvoaçando no etéreo
Autor: Luiz Alberto Quadros Gonsalves, o
Poeta Sem Talento
Vejo-te, dama que muito me encanta,
como um sonhador que contempla o etéreo,
místico e inalcançável, lindo que espanta
em delírios que nos olhos atordoa
trazendo à mente os mais belos versos aéreos,
tal aquele pássaro que agora no céu voa.
.
E tu surgiste no meu meigo versar
bela e sedutora, atraente e discernida,
como um rio claro em mansa vertente,
lembrando que agora é tempo d’amar
aquele amor que fantasia a vida,
mas faz um bem danado pra gente.
.
Pueril, em alvos e intangíveis pensamentos,
que voam aos espaços na busca sublime
dos teus olhos que exibem a doçura em
nitidez,
eu, poeta rude que mira o transcendente,
entoarei nos meus versos a dor que me oprime,
pois sem o teu olhar a vida é tristeza em
aridez.
.
Mas vou vivendo assim, divagando em ventura,
buscando os teus encantos, iludido com o teu
olhar,
sabendo que toada inocente é feitio de quem
ama,
e o amor é sublime e lindo, mas desapiedado
reclama,
tal como aquele pássaro que fugiu em um
esvoaçar,
levando consigo os seus sonhos e a sua
ternura.
quarta-feira, 3 de maio de 2023
Quero-te de verdade
Quero-te de verdade
Autor: Luiz Alberto Quadros Gonsalves, o Poeta Sem
Talento
Quando a verdade nos desnuda
não há mais espaço para um “talvez”,
nem que o mundo se sacuda,
a verdade abre o seu espaço de vez,
nada pode barrar o inevitável
e o inevitável é corar a tua tez
sem comedimento, mas sendo amável,
mesmo profano hei de ser cortês.
.
A distância que nos afasta
não inibe os sentimentos sinceros,
viver é enfrentar circunstâncias incertas,
viver é sonhar com o ilimitado,
esquecendo que na terra somos efêmeros,
.
Mulher do olhar em tão cândida magia,
tem nas mãos o meu libelo em poema apaixonado,
se eu não posso estar ao teu lado
distante, nos versos, eu tento a sedução,
em versos ornado em meigos e poesia,
pois, soberana, tens o meu pobre coração.
.
Beldade em lívido encanto profano,
eu, que busco nos versos um traço em candura,
nunca vou deixar o meu lado cortês,
em quadro ornado e coração em meiga ternura,
uma vez que tu és, na vida, a sorte ventura
e, sibila das flores, tens um coração em doçura.
terça-feira, 2 de maio de 2023
Ainda bem que sou humano
Ainda bem que sou humano
Autor: Luiz Alberto Quadros Gonsalves, o
Poeta Sem Talento
Ah, estes dias cinzentos de outubro
melancólico
Uma obsessão cromática invade a alma
E Tira aquela vontade de ganhar o mundo,
Taciturno o espírito tenso não se acalma.
.
Eu sigo a via, perdido no tempo passado,
Molestado das pernas e, em cada passo,
Vou comprimindo, triste e acuado,
C’as dores e marcas que me deixam em pedaços.
.
Eu carrego comigo as dores das ausências,
Suspiros por palavras oprimidas e não ditas,
O peso do carecimento das condolências,
Que aliviaram em muito a dor da hora maldita.
.
Tenho comigo uma essência que chora as dores,
Substância real, sobrenatural e surreal
Que, ás vezes, sufoca a alma nos dissabores,
Mostrando a minha pequenez de singelo mortal.
.
Eu não consigo ligar o automático indolor,
Parece que peso a dor dos meus pesares,
Parece que divago no extrato da dor
Barata tonta, perdido em escuros solares.
.
Gostaria de ser frio, sem alma ou absoluto
Para não sentir o sopro do tempo profano,
Gostaria de negar-me a sentir a dor e o luto,
Mas logo caio em mim; ainda bem que sou humano.
O véu da censura no destempero do vento
O véu da censura no destempero do vento. Luiz Alberto Quadros Gonsalves, o Poeta Sem Talento Em enleios, amargos ou doces, fantasias n...

-
A tua poesia Autor: Luiz Alberto Quadros Gonsalves, o Poeta Sem Talento Poesia é fluar sem rumo, ao distante, lá no contraponto do real, bus...
-
A integridade e a banalidade - divagação Autor: Luiz Alberto Quadros Gonsalves, o Poeta Sem Talento As complexidades da vida mergulham a exi...
-
Entre a Luz e a Escuridão Autor: Luiz Alberto Quadros Gonsalves, o Poeta Sem Talento Há, entre a luz e a escuridão, uma risca de incertezas ...