Soneto A Mais Doce Criatura
Autor: Luiz Alberto Quadros Gonsalves, o Poeta Sem Talento
Mulher-amada que de longe insinua
um soberano olhar, meigo e suspirante,
tens em si fino jeito sagaz e dominante.
Discreta, sabe prevalecer a vontade sua.
-
E a tardinha no clarear da meiga lua,
fecha os olhos, em utopia mirabolante,
refresca o ar orvalhado n'lma flutuante.
Discreta, sabe prevalecer a vontade sua.
-
És porque és a diva perene da boa-ventura,
jeito tão meigo, rosa sem dor perfumada,
os anjos existem; és tu uma doce criatura.
-
E assim, com a dádiva celeste mais pura,
eu primo a alegria de ter-te, mulher-amada,
és carinho, meiguice, alegria e brandura.
Nenhum comentário:
Postar um comentário