Autor: Luiz Alberto Quadros Gonsalves, o Poeta Sem Talento
Vejo o sol amarelo á despertar,
e vendo eu lembro do teu riso e olhar;
o teu riso desperta para o mundo,
mas ah, este olhar que trazes contigo,
olhar tácito, iluminado e desmedido,
leva o ser ao paraíso ou abismo profundo,
apraz e acende n'alma um fogo ardido
e mesmo assim, maravilhado e cativo,
levarei sempre comigo teu olhar acendido
com a claridade apontando o porvir de nova era
em limpa e linda manhã de primavera
que chega perfumada em belo cor d'ouro.
-
A cor dourada dos teus cabelos.
que soltos aos ventos são mel e utopia
nos olhos perdidos de um poeta sarraceno;
parvo, antes seduzido em sonhos pequenos
e sibilas variantes e andantes, com flores,
que entraram fingidas nos dias de seus amores
marcando sua vida em dores e veneno;
mas hoje, o antes poeta vencido, volta sem dor,
e, incorrigível, compõe poemas d'amor
pois o amor conserva mais ainda o amor.
Nenhum comentário:
Postar um comentário