Oráculo
Autor: Luiz Alberto Quadros Gonsalves, o
Poeta Sem Talento
Tentei desmembrar do cônscio o fado perverso
que abriga n’alma ambíguo sentir vacilante
de quem se entrega em estrada segregante,
enclausurado, procurando o ideal em um verso.
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Fustigante, ímpeto feroz, em ditame
imperativo,
avassalador como voo rasante de águia
mortal,
crivando na presa as unhas, toque letal.
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Quem fez de um homem o Poeta Homero?
Quem fez de Ariadne uma diva perdida d'amor?
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Cantarei sempre um ode beijando a sorte fatal,
em versos moldados, descalabro de si e da
mente
como quem, pra si, mente ter a sina
cristalina,
submergido em paródia de fino cristal?
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Que será? Que será? Que será?
Que será que diz o Oráculo do bem e do mal?
Perdido em rito sibilino, ébrio e com dor,
Em rimas eu crio um feitiço d'amor
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