Amor Consonante
Autor: Luiz Alberto Quadros Gonsalves, o Poeta Sem
Talento
Palavras que voam ao ventos,
leves e soltas, bons pensamentos.
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Palavras em toque fino enternecedor
que ditam um rito consolador.
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São palavras claras e cristalinas,
palavras d’amor consonantes.
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Em ritmo de belo e atraente agraciar,
contemplo os teus olhos vigilantes,
sob a luz de todos, cálido e ardente,
segredados na densa surdina.
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Ébrios, em ópio de deriva e profano,
amor casto e néscio, posto irregular.
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Teus olhos, meus olhos, amor distante,
juntos e separados por fria sina
torpedeiam-se em si, imãs atraentes.
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Luz e harmonia de estrela vespertina
que chega a sumir do dia
somos assim; poeta e musa diva,
coração triste, dorido e a razão,
unidos e separados, muro de Berlim,
fortes, no entanto vulneráveis.
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E esta será nosso
andar constante,
palavras d’amor consonante.
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Amor que levas em si,
amor que trago dentro de mim.
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