O mundo e a roseira
Autor: Luiz Alberto Quadros Gonsalves, o Poeta Sem Talento
Seria politicamente correta omitir a dor
e falar
no sol a brilhar no azul celeste,
cantar um ode de alegria, viver o amor,
esconder o pranto em riso certo, inconteste.
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Entusiamo efêmero, companheiro e acolhedor,
estaria com as faces rosas em vivo de quem veste
o manto sagrado da paz e harmonia, sem ardor,
rio sublime e cristalino, amainando o vil agreste.
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Porém o pesar alheio se faz forte em aflição,
me furto a alegria de sorrir, notadamente,
por ter na alma um pingo de dor e compaixão.
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Da janela olho um mundo sisudo, baixo e
demente,
diferente, vejo, ainda, uma roseira em
floração,
discordância e incoerência, no munndo e na
gente.
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