sábado, 28 de fevereiro de 2015

"Simples", como a vida


O "Simples", como a vida

Autor: Luiz Alberto Quadros Gonsalves, o Poeta Sem Talento

Pensamentos simples e singelos,

a menina da janela olhava o mundo.


O seu mundo era tão inocente,

não cabia no seu mundo o mundo de tanta gente.


No horizonte o telhado dos seus sonho,

grandioso prédio, na certa era um castelo,

e pensava a menina que tal seria o seu zelo

com o lápis, a borracha e o caderno;

não haveria cuidado igual, nem paralelo.


Na cozinha a mãe com touca no cabelo

corria forte em volta do fogão,

sorria o doce riso do coração materno,

“passa trabalho, mas nunca fica arrependida”.


Era tão feio seu  avental encardido;

água, sal e óleo, este era o tempero do feijão.


O pai se chamava João,

seu outro filho era o Marcelo,

mas de outra família não se faz conta.


“Quem no mundo não apronta?”


Lutador e digno, o homem não vivia escondido.

trabalhando como peão naquela obra.

Simples, nunca arrastou tal qual cobra,

seu único medo era a volta da inflação.


Pensava e doía o coração;

“No restante a gente desdobra”.

 


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