sábado, 28 de fevereiro de 2015

"Simples", como a vida - 034 -

"Simples", como a vida
Autor: Luiz Alberto Quadros Gonsalves, o Poeta Sem Talento
Pensamentos simples e singelos,
a menina da janela olhava o mundo.
-
O seu mundo era tão inocente,
não cabia no seu mundo o mundo de tanta gente.
-
No horizonte o telhado dos seus sonho,
grandioso prédio, na certa era um castelo,
e pensava a menina que tal seria o seu zelo
com o lápis, a borracha e o caderno;
não haveria cuidado igual, nem paralelo.
========
Na cozinha a mãe com touca no cabelo
corria forte em volta do fogão,
sorria o doce riso do coração materno,
“passa trabalho, mas nunca fica arrependida”.
-
Era tão feio seu  avental encardido;
água, sal e óleo, este era o tempero do feijão.
========
O pai se chamava João,
seu outro filho era o Marcelo,
mas de outra família não se faz conta.
-
“Quem no mundo não apronta?”
 Lutador e digno, o homem não vivia escondido.
trabalhando como peão naquela obra.
-
Simples, nunca arrastou tal qual cobra,
seu único medo era a volta da inflação.
-
Pensava e doía o coração.
“No restante a gente desdobra”.

Versos apáticos

Versos apáticos
Autor: Luiz Alberto Quadros Gonsalves, o Poeta Sem Talento
Versos apáticos
que formam em frases,
acalanto com rima
ou “marcha soldado”.
Suave compasso,
pra lá e pra cá,
escrevo sem medo,
sou prático,
indiferente e lunático.
O mal de tanta gente
é querer enganar.
Pra cá e pra lá,
amável,
tento encontrar
o fio da meada
dobrado
em voltas que a vida faz.
Sistemático
soldado
em busca de paz.
Versos apáticos
indiferentes,
as vezes indolentes.
O mal de tanta gente
é nunca se encontrar.




domingo, 22 de fevereiro de 2015

Assassino

Assassino
Autor: Luiz Alberto Quadros Gonsalves, o Poeta Sem Talento
Foram duas criança, duas vidas,
insano que repudia o próprio genes. 
Noção de ser, não és humano,
lero engano.
cromossomo picado, assassino.
Não praticas o bem
gênesis que não evoluiu.
Quem te viu
com a arma na mão
e o fogo nos olhos, macabro?
Na certa foi o diabo...
Não tens coração...
Quem defende a pena de morte
agora tem argumento.
Tu, bandido, sem norte,
não é animal, nem é gente,

é estorvo, filhote de diabo...
====
Um crime tão bárbaro...

sábado, 21 de fevereiro de 2015

Diálogo

Diálogo
Autor: Luiz Alberto Quadros Gonsalves, o Poeta Sem Talento
Diáspora, palavras sem nexo, análogo,
isto é redemoinho de temor e dor, absinto,
a palavra vem, e vai, incerta...tal fogo,
labaredas, chama acessa que queima...instinto,
ondas e espumas turvas. uma ideia, estorvo,
granir sobre pedra um desenho tão torvo.
Observo a torto, gritam e gritam...falta dialogo.

Frágil, mas forte, mulher - 033 -

Frágil, mas forte, mulher
Autor: Luiz Alberto Quadros Gonsalves, o Poeta Sem Talento
Tens nos teus olhos a firmeza de conhecer o mundo,
a força de quem sabe o que quer,
a confiança de ser impar,
frágil, mas forte, mulher,
que mesmo em meio a tanta gente
repicas com os olhos a luz da segurança
em mil pedaços, flash da utopia, sonho ou quimera,  
salpicando em almas a utopia perdida,
firmando ilusões que temperam a vida.
Tão frágil, tão forte, teu lema é vencer,
Sabes o que quer,
és impar, na multidão, pessoa, mulher.



domingo, 15 de fevereiro de 2015

Enxerto

Enxerto
Autor: Luiz Alberto Quadros Gonsalves, o Poeta Sem Talento 
De todos conquistou o respeito,
bom rapaz, filho, amigo, companheiro,
chefe de família exemplar
e policial
que não se vendia por dinheiro.
Vivias pleno, integro por inteiro,
sério, com sorriso jovial.
A vida que soube conquistar.
Labutas que serás agraciado,
Sê puro e serás amado.
Inimigo todos fazem,
alguns não respeitam o bem.
Erros todos cometem,
imperfeitos somos inteiro.
Amigo eras por todos respeitado,
hoje, na tua béstia solidão,
tens um amargo despertar.
Nuvens, chuva e vendaval,
fado lamentável sem igual.
Agiste com despeito,
ao inocente tentou incriminar.
De homem venturoso
a vilão impetuoso,
manchete num jornal.
Cruel destino, policial,
agiste mal,
não tem mais conserto,
trocou uma carreira especial
pelo erro de um enxerto.
Agora não tem mais acerto.
=====
( Ficção, mas...
todos são inocentes, até o fim do contraditório )



sábado, 14 de fevereiro de 2015

O ratinho

O ratinho
Autor: Luiz Alberto Quadros Gonsalves, o Poeta Sem Talento
Miau, miau
Alvoroço no telhado
Briga, briga...
Como o mundo é mal
E o ratinho que não é bobo
Corre, corre
De mansinho
Vai atrás do seu almoço

Encontro

Encontro
Autor: Luiz Alberto Quadros Gonsalves, o Poeta Sem Talento
Alado
terei asas e percorrerei o espaço e tempo,
não sei se volto a mim
nesta viagem em busca busca de deuses.
Outrora tinha olhos fixo no vácuo
na mente um livro.
Mitologia, trevas ou estrada aberta?
Acovardado
ou, talvez, herói de nobre sentimento
em busca de uma luz no fim.
Embora em mim corroesse
a alma em versos não escritos
passou a agonia sentida,
virou na curva um palco. Circo?
Galguei o mar das almas perdidas,
apontei novamente a ceta,
porta aberta
a um sonhador,
apareceu o poeta.
Canto as coisas da vida
e as vezes uma canção d’amor. 

terça-feira, 10 de fevereiro de 2015

Poliana

Poliana
Autor: Luiz Alberto Quadros Gonsalves, o Poeta Sem Talento
Poliana olhou para o céu azul celeste,
a brisa sibilava uma doce e terna canção,
afago meigo suave de tão afetuoso.
Poliana; alma triste, coração agreste,
sofria pesar no peito em triste comoção.
A dor de dentro é triste sentimento,
dói demais se é dor um coração saudoso.
Poliana olhou o céu, tão carente,
lembrava o filho querido,
jovem, jogador de bola,
de bem com a vida, boa gente,
tinha na mente a estrada definida,
atleta, mas não faltava a escola.
Bala feroz, trajetória perdida,
fim triste de mais uma vida.
Poliana nunca conseguiu compreender
porque tinha que acontecer.
Poliana olhou para o céu azul celeste
no peito tão triste comoção
alma triste, coração agreste.
A brisa uma triste canção.
Porque os jovens?


segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015

Ela -032-

Ela
Autor: Luiz Alberto Quadros Gonsalves, o Poeta Sem Talento
Ela entrou na minha vida
como quem entra em um quarto escuro,
revirou a minha história,
estrada por mim percorrida,
adentrou naquele ponto mais obscuro,
monótono, sem luz e tostado.
Descobriu que eu tinha  
muitos medos emaranhados
e estava num canto jogado
tal novelo que espera ser tecido.
Nas idas e vindas que a vida verteu  
brilhou a imagem mais pura, pelica,
apaziguou a alma que sofreu
separando o fútil, insignificante,
deixando a essência do ser perene
em doce afago, hoje e doravante.
Assim se fez, mulher, amiga e companheira,
hoje, amanhã e a vida inteira.

O véu da censura no destempero do vento

O véu da censura no destempero do vento. Luiz Alberto Quadros Gonsalves, o Poeta Sem Talento Em enleios, amargos ou doces, fantasias n...