Saudade e recordação
Autor: Luiz Alberto Quadros Gonsalves, o Poeta Sem Talento
Recordar é viver novamente,
o passado está presente,
junto com a gente.
Recordações são momentos vividos;
bons momentos ou momentos sofridos.
Saudade é doce e terna recordação,
nostalgia de momentos queridos,
meigos e delicados
que tocaram no coração,
como a brisa fresca toca a face da gente
na manhã de um dia em sol dourado.
A gente sente
a brisa e sente pena,
tão serena que é a volta ao passado,
manhã de primavera,
doce volta, quimera
tão branda e delicada.
A lagrima rola no rosto da gente
viva, e não mente,
é nostalgia
em doce melancolia;
saudade.
A saudade é anseio pelo que vivemos
e não sofremos.
No sofrimento e dor é simples recordação.
Se sangrou o coração não é saudade,
É só dor, dor de verdade.
Não temos saudade do perfume de uma flor
que não sentimos o perfume.
Doce é olfato,
Se amargo é odor.
Se bom é amor,
se ruim, e causa dor
é só triste recordação
que sangra o coração.
Se não vivemos não há como recordar,
se utopia de promessa não cumprida,
é triste, mas não há recordação
embora doa no coração.
Se promessa não houve ou não foi compreendida,
ai é outra coisa na vida,
mas não tem como recordar.
Não se tem saudade de um devaneio;
pode ser sonho ou ilusão
e sonhar não basta,
tem que ter recheio.
Um sonho de felicidade não se sonha só
preso tal poema, em folha, guardado na pasta,
é lindo, mas ninguém lê.
Então não é saudade,
Não é saudade, de verdade.
quinta-feira, 20 de novembro de 2014
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