No
escuro
Autor:
Luiz Alberto Quadros Gonsalves, o Poeta Sem Talento
Desesperançado,
percorres estradas e caminhos sem fim,
procuras
a sorte perdida, agonia, peregrino sem par,
magoado
com a vida, trágica e tão curta, desiludido,
sem utopia, caíste na sina, tonto, tal bêbado em
botequim.
Náusea,
sufoco, dor, vergonha e constrangimento.
Na calçada
da má fama tu marcas o nome, e o azar,
no curral
da desonra és boi gordo a manear.
Não tem
bufão tão vil como o homem perdido
em vícios,
degradações e ilusões passageira.
Não pagas
a diva. Oh ser, ei-lo aqui, em uma ladeira
que sobe
e desce, andar não é brincadeira,
a vida
é sorrateira, tal bela que beira a esquina a agitar,
mas não
questão de participar.
Na
memória retem todo o teu vil passado,
imaginas, tu, qual pequeno, infame e triste teu futuro.
Hoje,
opaco, segue sozinho e calado
pensando
na luz do túnel, sem fim, tá tão escuro.
Te
apegas em minucias e detalhes que assombram,
a culpa
é alheia, mas és tu que deves suportar!
Agiste
de forma errada, a ninguém quis escutar,
costuraste tuas vestes e moldou o moldem impuro
O futuro
é teu, Morfeu, não tens mais como mudar.
Nenhum comentário:
Postar um comentário