A Hora
Autor: Luiz Alberto Quadros Gonsalves, o Poeta Sem Talento
Seriam cinco horas
hora de levantar,
correr rua afora
deveria trabalhar.
Cinco minutos, não demora
é difícil acordar.
Pobre homem, caipora
na certa iria se atrapalhar
Virgem nossa senhora
um minuto a mais só dá azar.
Anda logo, seu frajola,
o chefe não vai gostar.
Levantou mas bateu numa escora,
atrapalhou-se ao se lavar.
É praga de madrinha ou de sogra
devagar não dá pra ficar.
Olha o ônibus já foi embora
outro demora pra chegar.
Um cigarro, a tosse não melhora
bom seria não fumar.
No serviço o colega esnoba,
o chefe reclama, não dá pra ficar.
Homem de verdade não chora,
outro batente dá pra arrumar.
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