segunda-feira, 30 de setembro de 2024

Nós seremos nada

Nós seremos nada
Autor: Luiz Alberto Quadros Gonsalves, o *Poeta Sem Talento
A medida que o tempo passa,
tirano e inclemente,
no desbotar de toda a coloração,
naque momento do secar de rios e vertentes,
precisamos olhar um pouco para traz,
avaliar atos, mesurar omissões,
compreender a história das nossas jornadas,
perder o medo, mas não colocar a arrogância no coração.
.
Não precisamos justificar os erros de terceiros,
mas os nossos erros estarão na nossa consciência.
.
Está certo, ninguém é de ferro
e não somos, também, ornamento dourado;
temos fricotes e ainda alguns tiques,
levamos conosco as cicatrizes da vida,
as nossas marcas, manchas e limitações,
mas deixamos um fertil terreno adulbado;
terreno onde outros passarão,
também com a sua história de vida,
conquistas, vitórias, acertos e erros,
olhando o nosso exemplo e as nossas ações.

A medida que o tempo passa nós seremos só história,
depois depois o tempo vai passando, inclemente,
e nós seremos nada.


 

domingo, 29 de setembro de 2024

Na maturidade a primavera

Na maturidade a primavera
Autor: Luiz Alberto Quadros Gonsalves, o Poeta Sem Talento
Inicia-se a primavera, clara e melodiosa,
em bento ar de quem tem fé e esperança
na busca da graça do perfume d'uma rosa.
Paira no coração a luz d'uma nova bonança.
.
Na claridade em ternura dos teus olhos a paz
um luzir tão meigo de quem sabe o que quer,
na tua voz um tom em melodia que apraz,
tão doce que és e és una, simplesmente mulher.
.
Mulher que enfrentou as dificuldades do mundo,
mas no adverso nunca baixou a cabeça vencida,
pelo contrário, arregaçou as mangas e foi fundo,
buscando com o suor honesto de toda lida.
.
Hoje, morosamente, reflete sobre as antigas jornadas,
tem a consciência que foram tantas vicissitudes,
sabe dos entraves e embaraço das multiplas estradas,
sorri para si; é primavera, a felicidade na plenitude.


 

sexta-feira, 27 de setembro de 2024

Divagos Dispersos

Divagos Dispersos
Autor: Luiz Alberto Quadros Gonsalves, o Poeta Sem Talento
Eis que ao ascerder o dia que termina,
no horizonte do meu eu as minhas verdades,
circundado em letras e rimas,
compostos em sonhos, dentro da realidade.
.
E tu bens sabes da brisa e da suavidade
dos divagos soltos em risos ou lágrimas,
foram castos e sinceros, não veleidades,
nunca destoavam em parcos moderados.
.
Foste e será sempre a quiméra esperada,
e em cada verso abaixo, no centro ou acima,
eras tal a sibila dos montes espelhada,
aquele ponto central em suavidade.
.
E, solitário, à noite, pelo o luar ilumado,
naquele momento solene da poesia,
tu vinhas, esfinge, segredo bem guardado,
desfrutar uns versos em cândida fantasia.


 

quinta-feira, 26 de setembro de 2024

É tempo d'amar

É tempo d'amar!
Autor: Luiz Alberto Quadros Gonsalves, o Poeta Sem Talento!
Em cada um de nós há um momento sublime,
aonde bricamos c'as fantasias,
percebemos o perfume das flores,
escrevemos divagos ou poesia,
escolhemos palavras que rime
com o teor daquilo que temos no peito;
 os nossos sonhos, desejos e amores.
.
Não medimos o medo do temos a frente,
o faz de conta dá chega pra lá no direito,
o remorso não faz conta, 
deixamos as dúvidas para despois,
o que mais importa é viver aquela vertente,
que refresca a alma esperançosa,
em busca de um horizonte promissor,
enfeitados por orquídeas, lírios e rosas.
.
Divago a ti, sibila, este meu encanto pela vida,
uma vez que tens em si a suavidade de uma flor,
és a seleta mulher do olhar em cândida magia,
aquela que despertou o moura para a poesia,
posto que de mulher se fez musa e deidade,
dona dos meus anelos, da rima e da poesia.


 

quarta-feira, 25 de setembro de 2024

Jasão e os argonautas ou os que buscam o amor

Jasão e os argonautas ou os que buscam o amor.
Autor: Luiz Alberto Quadros Gonsalves, o Poeta Sem Talento
Nos fluídos do etéreo celeste inexplicável,
labirintos da mente obscuros e ilegíveis,
aonde a realidade e a imaginação se encontram,
em um misto que destoa dos fatos reais,
a nossa essência intima estará conectada,
como Jasão e os argonautas na busca do velocino,
aquele, dourado, centro que é o mais belo tesouro,
a esperança fertilizada com a fé e a confiança,
uno em espirito e corpo na busca do Karma,
a ação e a reação da união em flama e paixão.
.
Não seria nunca histeria, delírio ou loucura,
é o extrato emoldurado à bel prazer do Destino,
que tece as estradas alheias, perfumando ou não,
com as ervas que formam o licor do amor.
Divagos em mentes abertas, lume em desatinos,
que sofrem os que a vida separa na distância,
aflingindo em ponta de lança venenosa,
que parece findar com o norte e a pessoa,
na realidade, tortura, mas não mata o amor. 


 

terça-feira, 24 de setembro de 2024

Eu não perdio o fio do destino

Eu não perdi o fio do destino
Autor: Luiz Alberto Quadros Gonsalves, o Poeta Sem Talento
Eu não perdi o fio do destino,
divago ainda c'as letras emigrantes,
procurando, talvez, um lastro de luz,
concebido por um lindo diamante.

E a energia do meu verso idealizado,
é canto de pássaro ou sonho de um menino,
aclimatado ao tempo, longe do passado,
simplório, mas definido e genuíno.

Os caminhos para o celeste são teorias,
no coração eu carrego a ilusão e a fé,
se dos divagos abstratos sai uma poesia,
prova que eu acredito em Deus e no amanhã.

Eu não o sorriso maroto de menino,
nem perdi a inocência que molda a consciência,
nos meus versos, puros ou libertinos,
eu deixo o meu perfume e a minha essência.



 

sábado, 21 de setembro de 2024

Momentos

Momentos 
Autor: Luiz Alberto Quadros Gonsalves, o Poeta Sem Talentos
Às vezes o mundo parece sombrio,
uma névoa cobre a visão,
uma ferida fustiga o coração,
n'alma carrega o medo e o frio,
em volta a dor e a escuridão,
pensamentos aflitos, sufocados,
cobertos, cerceados e reprimidos,
sem ter um caminho a seguir,
perdido na encruzilhada da vida.
.
Nesta hora a força do interior
é a esperança na busca da fé,
então, consolado eu percebo,
que é preciso ter a crença no amor,
eu dou aquilo que eu recebo,
não quero formigar o mundo na dor.
.
A vida é forte, incerta e tenaz,
mas nós temos mil sonhos para sonhar,
não temo a mentira, eu conheço a verdade,
vou seguir a minha sina buscando paz,
sou poeta e não medo d'amar,
sou humano e não perdi a a humanidade. 


 

terça-feira, 17 de setembro de 2024

O Rio Grande é a mais bela Querência Amada


O Rio Grande é a mais bela Querência Amada
Autor: Luiz Alberto Quadros Gonsalves, o Poeta Sem Talento
Com licença amigos de empreitada,
Índio velho com o Sangue Farrapo,
vou falar um pouco da minha sina andarenga,
dos meus passos rudes, gaudério e guapo,
muito andei por esta Querência Amada.
*
Não me cobrem a fineza das palavras,
sou simples chimango e as vezes derrapo,
mas calejado, não tenho a vida capenga, 
sei o trato com o respeito à toda lida
bom gaudério, não me falta amor e ternura,
isto faz parte da minha história de vida.
*
De sul a norte eu andei no Rio Grande,
fui lá em baixo perto do Arroi Chuí,
comi marisco, camarão e peixes diversos,
no Litoral Norte, Pinhal, Cidreira e Tramandaí,
Torres é um encanto, igual eu jamais vi.
*
Subi a Serra Gaúcha em várias oportunidades,
Igrejinha, Dois Irmãos, Caxias, Canela e Gramado,
em Cambará do Sul fui ao Canion Itaimbezinho,
lindo de viver, barbaridade,
em Encantado eu vi um Cristo Redentor;
é lá no Vale do Rio Taquarí.
*
Estimados e amigos aqui presente,
me faltam palavras finas e adoçadas, 
mas não me falta amor e discernimento 
para dizer na mais pura verdade,
o Rio Grende é a mais bela Querência Amada.

 

Poema para ser apresentado no Piquete Desgarrados dos Pagos em 20 de Setembro, ao findar a Semana Farroupilha.

 

quinta-feira, 12 de setembro de 2024

Para Encantar Um Coração Feminino

Para Encantar Um Coração Feminino
Autor: Luiz Alberto Quadros Gonsalves, o Poeta Sem Talento
Para encantar um coração feminino
é preciso ter a sensibilidade e a delicadeza,
mostrar os seu encanto no olhar felino
e o seu vigor, fortaleza por natureza.
.
Não é preciso truques, artifícios ou mistigar,
o mundo já é tal rio raso em triste corrente,
na estrada da vida nós devemos plantar
flores coloridas em beira de verdes vertentes.
.
A sibila da vida, fadinha do olhar em ternura,
carece saber todo o sentimento que há no peito,
mas, sem malícia, deve o poeta ter a doçura
de falar singelo, com clareza e respeito.
.
Não há de se pensar que por ser o mundo insano,
não há mais espaço para o sonho e a utopia,
é preciso ter o senso em cândido coração humano,
é preciso ser sincero como dita a sua poesia.
.


 

segunda-feira, 9 de setembro de 2024

Evento alusivo ao Centenário de Nascimento do Poeta Payador Jayme Caetano Braun - Piquete Desgarrados do Pago - algumas fotos

 O Poema e a Dissertação alusiva ao centenário de nascimento do radialista e poeta payador Jayme Guilherme Caetano Braun encontra-se entre as publicações anteriores, para os interessados.
Aproveito e agradeço a cada leito amigo.
Sinta-se à vontade!
O Blog, se Deus Desejar, nunca será monetizao.
Deus abençoe você e os seus familiares.
Obrigado de coração aberto!









 

quarta-feira, 4 de setembro de 2024

Cantar a vida e viver os meus amores

Cantar a vida e viver os meus amores
Autor: Luiz Alberto Quadros Gonsalves, o Poeta Sem Talento
Abastecer de energia transluzente,
criar asas leves e esvoaçantes,
libertar-me do medo que asfixia
e em um atrevido repente,
flutuar ao etéreo na procura da poesia,
buscando a eternidade de um instante.
.
O pragmatismo do trivial não anima,
dos ritos encardidos eu quero me libertar,
embora simples e coerente na fuga da dor,
terei na alma a força que suprima
esta dolência que abafa a chama do ardor,
e expele pra longe a busca do verbo amar.
.
Nem sei se os anjos estarão ao meu lado,
talvez o profano esteja na busca do horizonte,
ou, quem sabe o limiar seja só de flores,
não imagino e nem quero que alguém me conte,
quero simplesmente recitar os meu versos ornados,
cantar a vida e viver os meus amores.


 

terça-feira, 3 de setembro de 2024

Dissertação alusiva ao centenário de nascimento do radialista e poeta payador Jayme Guilherme Caetano Braun.

 Dissertação alusiva ao centenário de nascimento do radialista e poeta payador Jayme Guilherme Caetano Braun.

Autor: Luiz Alberto Quadros Gonsalves, o Poeta Sem Talento

O Poeta Jayme Caetano Braun nasceu em São Luiz Gonzaga no Rio Grande do Sul - Região das Missões no dia 30 de Janeiro de 1924 e faleceu no dia 08 de Julho de 1999 na Cidade de Porto Alegre.

Poeta que honrou muito as tradições gaúchas, é também muito prestigiado na Argentina, Uruguai, Paraguai e na Bolívia.

A estátua de Jayme Caetano Braun está localizado neste Parque Harmonia, ou seja, Parque Maurício Siroski Sobrinho, mas tem ainda um monumento no Complexo Turístico de São Luiz Gonzaga.

Sobre o seu nascimento, o Poeta Jayme Caetano Braun é filho de João Aloysio Thiesen Braun e de Euclides Ramos Caetano Braun.

O pai, o senhor João Aloysio, é descendente de alemães

e a sua mãe, Dona Euclides Ramos, é proveniente de tradicional família pecuarista da região missioneira.

O poeta Jayme Caetano Braun fez diversas payadas, poemas e canções.

Payada é uma forma de poesia improvisada vigente na Argentina, Uruguai e no Sul do Brasil.

A payada remonta aos tempos medievais e renacentista e está no sul do Brasil desde quando as fronteiras eram imprecisas e assim se destingue como um gênero sem uma nacionalidade artística, é internacional, assim podemos concluir.

O payador é um repentista e o dia da payada é comemorada em 30 de janeiro, justamente em homengem ao Poeta Jayme Caetano Braun, pela lei estadual 11.672/2021.

O Jayme Caetano Braun é considerado o Patrono do Movimento Paiadoril, surgido a partir do ano de 2001.

O poeta foi membro fundador da Academia Nativista Estância da Poesia Criola, trabalhou como radialista em São Luiz Gonzaga, na Rádio Guaíba de Porto Alegre fazia participação semana e publicou poemas - em cores - no Jornal "A Hora".

Funcionário Publico no Instituto de Pensões a Aposentadoria dos Servidores do Estado.

Um dos seus poemas, "O petiço de São Borjas" fala de Getúlio Vargas é publicado em vários jornais do Brasil, em 1941.

Participa do 1° Congresso de tradicionalismo do Rio Grande do Sul, realizado em Santa Maria em 1954.

Casou duas vezes; com Dona Nilda Jardim em 1947 e com Dona Aurora Souza Ramos em 1988.

Teve três filhos; Marco Antonio e José Raimundo do primeiro casamento e Cristiano do segundo casamento.

Faleceu no dia 8 de julho, parada cardíaca, por volta da seis horas, em Porto Alegre.

Teve o corpo velado no Palácio Piratini e foi sepultado no cemitério João XXIII em Porto Alegre.

Tributos

Monumento a Jayme Caetano Braun em São Luiz Gonzaga

Sol das missões - Tributo a Jayme Caetano Braun, de Paulo de Freitas Mendonça

Tributo a Jayme Caetano Braun, de Geraldo do Norte

Galo Missioneiro, de Pedro Ortaça

Monumento ao Payador em São Luiz Gonzaga, Missões, RS (escultor Vinícius Ribeiro) 

(Fonte de pesquisa - site Wikipédia da internet e Site da Zero Hora - 100 anos de Jayme Caetano Braun: o legado do payador )



A imensidão do espaço sideral

A imensidão do espaço sideral Autor: Luiz Alberto Quadros Gonsalves, o Poeta Sem Talento Por um minuto eu olhei as estrelas, o celeste...