terça-feira, 30 de julho de 2024

O eco déjá-vu que o tempo não cura

O eco déjá-vu que o tempo não cura
Autor: Luiz Alberto Quadros Gonsalves, o Poeta Sem Talento
Lá fora a noite fria, soturna e escura,
aqui dentro o vazio da pena na mesa pousada,
a lua não aflora no horizonte em doce ternura,
na quietude da rua o tudo é quase nada.
.
Esvoaça no ambiente energia delbil e insegura,
subitamente, na mente, imagem no outrora guardada,
parece que o eco déjá-vu que o tempo não cura,
ou talvez seja o inicio do fim de uma jornada.
.
A paz que se tem n'alma é um prêmio consolador,
não importa mais o que se deixou de alcançar,
importa saber que o maior de tudo foi o puro e o amor.
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Enquanto o verso de rude teima e não consegue chegar
o poeta espairecido da brisa sente seu frescor.
O rio segue o seu curso e algum dia poeta aqui não vai estar.


 

segunda-feira, 29 de julho de 2024

Poema em homenagem ao centenário de nascimento do radialista, poeta payador; Jayme Guilherme Caetano Braun

Poema em homenagem ao centenário de nascimento do radialista e poeta payador; Jayme Guilherme Caetano Braun
Título: Jayme Guilherme Caetano Braun 
Vamos combinar meu caro guri amigo,
quando tu chegares no Parque Harmonia
olhe com reverência, respeito e simpátia
a estátua que na frente se ostenta e abriga.
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Deixe fluir na profundidade do teu interior
a energia positiva da mais casta oratória
consagrada em versos de um grande  payador,
radialista e poeta, faz parte da nossa história.
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Com um sotaque gaúcho, claro e soado,
declamando o poema com naturalidade,
na fluidez de cada verso declamado
o Rio Grande se mostrando de verdade.
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Honrando a tradição este índio missioneiro,
boleando cada verso com serena paixão,
se mostrava bueno e gaúcho por inteiro,
exemplo de quem conhece a grandeza da tradição.
.
E este verso ditado lá no fundo do coração
é pouco, mas mostra o respeito por este hermano,
que muito defendeu o Rio Grande e a tradição,
o poeta e radialista payador, Jayme Caetano,
o nosso poeta amado Jayme Caetano Braun.

Autor: Luiz Alberto Quadros Gonsalves o Poeta Sem Talento
Poema em homenagem ao centenário de aniversário do Poeta Jayme Guilherme Caetano Braun; cantor, compositor, escritor, radialista e poeta
Renomado payador do Rio Grande do Sul, prestigiado também na Argentina, Uruguai, Paraguai e Bolívia.
Nascido em São Luiz Gonzada em 30 de janeiro de 1924
Falecido em Porto Alegre em 08 de Julho de 1999

Poeta Jayme Guilherme Caetano Brau

2006
Concebida pelo artista plástico e escultor Vinicius Ribeiro em 2006, a figura mede dois metros de altura e pesa 950 quilos. A estátua em homenagem à Jayme Caetano Braun, renomado payador e poeta gaúcho, foi reinaugurada na manhã de terça-feira, dia 30 de janeiro, no Parque da Harmonia, em Porto Alegre.
Agora junto ao Pórtico Missões, na Avenida Edvaldo Pereira Paiva (Beira-Rio)
Ao seu redor, sete bancos de concreto foram instalados para descanso e apreciação da obra pelos visitantes. Eles lembram os povos que historicamente compõem as Missões: São Francisco de Borja, São Nicolau, São Miguel Arcanjo, São Lourenço Mártir, São João Batista, São Luiz Gonzaga e Santo Ângelo Custódio.

Em 2019 o Poeta Sem Talento, a sua esposa Maria Evailete, o Senhor Gerson Patrão do Piquete Desgarrados do Pago e um membro do piquete


O Poeta Sem Talento e a sua esposa Maria Evailete no Piquete Desgarrados do Pago em 2019

 

domingo, 28 de julho de 2024

O mais verdadeiro amor

O mais verdadeiro amor:
Autor: Luiz Alberto Quadros Gonsalves, o Poeta Sem Talento
Se os meus versos ao mundo não servem,
comporei liras poéticas e te ofertarei
uma a uma com amor, encanto e devoção,
uma vez que, ditos tão livres, conciliarei
os meus versos com aquilo que há no coração.
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E tu serás a estrela que brilha no infinito,
e eu serei o limpido poeta sarraceno
encantado com o flash iluminante e extenso,
que penetra n'alma em tom livre e ameno.
Amor que trago jovial, pleno e sem senso.
.
Pode o mundo enfurecer-se em bravas e censuras,
pode o amanhã ser ingrato e sem sensatez,
pode até encobrirem com arranjos as utopias,
de fato não há margem para tanta estupidez,
mas nada vai manchar ou apagar a minha poesia.
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E, deslumbrante, tu passearás na passarela dourada,
ao lado das sibilas, sereias e musas da mitologia,
ornada em flores vívidas em bento e festo glamour
e serás então a prova definitiva que mundo pode nada
quando enfrenta a claridade do mais verdeiro amor.
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quinta-feira, 25 de julho de 2024

Creio que fui o que eu desejava ser

Creio que fui o que eu desejava ser
Autor: Luiz Alberto Quadros Gonsalves, o Poeta Sem Talento
Creio que fui o que eu desejava ser,
expoente convicto da minha verdade,
exemplo de lucidez e sinceridade,
parceiro na noite escura e no amanhecer,
ouvinte, equilibrado e ponderado,
presente naquela hora incerta,
amigo que nunca neguei um abraço,
apreciador das coisas boas da vida,
entusiasta da concódia sem fugir do debate,
poeta apaixonado pela pretendida,
viciado nas letras, na diva e em chocolate;
mas se errei em algum ponto crucial,
e não consegui ser aquilo que gostaria de ser,
não faz mal, é facil de entender,
fui sempre humano e, para mim, isto é fudamental.


 

quarta-feira, 24 de julho de 2024

Antes de tudo, tu és a mais amada

Antes de tudo, és a mais amada
Autor: Luiz Alberto Quadros Gonsalves, o Poeta Sem Talento
Antes de tudo uma vida em um poema,
mas uma poema seleto, presente e diverso,
contando em versos um mister em dor suprema,
dor que abarca n'alma incrédula e herética,
desafiando toda a analise critica dos censores
e transformando uma vida inteira em poesia;
divagos marcados, castos ou profanos,
incorretos ou moldados em doura ética. 
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Antes de tudo um olhar para o inicio do dia,
na grandeza do instante de cada início do nascer,
um chega pra lá a todo o ajuste que gera engano,
lúcido e transparente, em límpidos poemas diáfanos,
eu transpirei o perfume que trazia n'alma poeta
e te descrevi, mulher-do-olhar em cândida magia
ou seleta sibila dos montes da vida deste poeta.
.
Em versos encarrilhados em letras douradas,
tu viste para aplacar a ânsia poetica
deste poeta
que, às vezes, descreve o céu anil e celeste
c'as a estirpe de um bardo idealista e sonhador.
.
Antes de tudo vamos esquecer que o futuro é incerto,
uma vez que, seleta estrela distante e radiante;
tu é aquela que deu vigor e cores a letra triste e minguada
deste poeta que te descreve agora em lustro fio diamante,
e, de sibila que encanta a vida, te fez a mais amada.


 

terça-feira, 23 de julho de 2024

C'as forças d'alma

C'as forças d'alma
Autor: Luiz Alberto Quadros Gonsalves, o Poeta Sem Talento
E o verso é quase absorvido pelo argumento da censura,
lamenta em triste e e cansada melodia anímica,
n'alma perdida talvez ainda reste um naco de candura,
mas a pena extenuada desliza no bloco letras anêmicas.
.
No desespero dos dias que passam tintos em desenganos,
as rosas murcharam nas arestas das recordações,
levaram consigo os eflúvios dos meses e dos anos,
deixaram sentimentos guardado em rudes prisões.
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A noite chega sorrateira, soturna e sem clemência,
mas, mesmo adoentado, o poeta segue com a pena na mão,
andarilho no mundo o bardo nunca perde a essência,
c'as forças d'alma ele esmiuça palavras vindas do coração.
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O véu da censura no destempero do vento

O véu da censura no destempero do vento. Luiz Alberto Quadros Gonsalves, o Poeta Sem Talento Em enleios, amargos ou doces, fantasias n...