terça-feira, 30 de janeiro de 2024

Reflitam - Sobre a "Nossa Verdade" - divagação

Reflitam – Sobre a “Nossa Verdade” – divagação.

Autor: Luiz Alberto Quadros Gonsalves, o Poeta Sem Talento

A verdade está dentro de nós. Cada pessoa, por ser um indivíduo individual e complexo, tem a “sua verdade”.

Engana-se aquele que pensa ter o poder de “moldar” a nossa verdade impondo-nos a censura ou o silêncio.

Mesmo censurado ou silenciado a nossa verdade nunca poderá ser extinta e nem mesmo escondida; pois a verdade, nossa verdade, mesmo amordaçada é gritante, até no silêncio imposto.

Quem, ao seu bel prazer, tornar-se censor da nossa verdade, pensa estar nos substanciando ou apequenando, por nos calar, está redondamente enganado, pois a nossa verdade nos pertence e continuará conosco.

Calam a nossa voz, mas não calam a verdadeira verdade, pois a nossa verdade está dentro de nós.

Nos tempos da inquisição, aquele que fosse o escolhido para seguir o caminho da fogueira, mesmo calado, não perdia a sua verdade, pois esta verdade – fosse esta qual fosse – lhe pertencia.

O inquisidor roubava-lhe a vida da forma mais terrível, mas não usurpava a verdade da sua vitima.

Assim é a “nossa verdade”, ela nos pertence e não pertence ao nosso caluniador.

(Direitos reservados ao autor; Luiz Alberto Quadros Gonsalves, o Poeta Sem Talento – 30/01/2024)

 


 

quinta-feira, 25 de janeiro de 2024

Deimurgo Férvido em essência cloacal - POEMA -

 Deimurgo férvido em essência cloacal!

Autor: Luiz Alberto Quadros Gonsalves, o Poeta Sem Talento

Dogma perverso do perjuro,

Que dilacera a verdade

Fazendo do erro julgo duro

Espoliando o frágil sem piedade.

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Arrogante fera bestial

Nitrato em águas turvas e mal cheirosas,

Deimurgo férvido em essência cloacal,

Cálido em vil fervorosa.

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És o chefe de zombeteiros profanos

Que percorrem as terras pigmentadas

Com gotas carmim em toscos enganos,

Desta gente sofrida e mal formada.

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O vulgo que sofre a sorte perdida

Saúda serenamente o vencedor,

Enaltecendo a graça oferecida,

Seja ela a graça que for!

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A luz do sol, cortejando o tiríbulo

É testemunha de toda a sanha locaz

E a presa oferecida em bizarro adulo

É a prova da perversidade d’alma incapaz.

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(A Inquisição foi um movimento político-religioso que ocorreu entre os séculos XII ao XVIII na Europa e nas Américas. O objetivo era buscar o arrependimento daqueles considerados hereges pela Igreja e condenar as teorias contrárias aos dogmas do cristianismo.)

 



domingo, 21 de janeiro de 2024

Um boêmio sonhador

Um boêmio sonhador

Autor: Luiz Alberto Quadros Gonsalves, o *Poeta Sem Talento

Delicadamente uma música entra no escritório da solidão,

uma onda de acordes doloridos e cadenciados

povoa o espaço vazio que lateja em um coração.

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A vida flui em cadência plena e incerta,

o pensamento esvoaça buscando a libertação,

a música não cessa, na rua é só alegria e festa.

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No escritório a beldade, encanto divino sem dor,

assume a alegoria em um verso fantasia.

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É tempo de aliviar a vida e aliviar o coração,

O sentido da vida tem quem canta o amor.

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“A vida não tem vida na falta de uma paixão,”

Quem me disse isto foi um boêmio sonhador!



 

terça-feira, 16 de janeiro de 2024

Os Meus Versos Em Lírios Dourados

Os Meus Versos Em Lírios Dourados

Autor: Luiz Alberto Quadros Gonsalves, o Poeta Sem Talento

Em cada verso versado no poema uma rosa d’amor,

amor que vence distâncias rompe barreiras

e esvoaça em direção ao infinito misterioso,

buscando a felicidade sonhada ou a ingrata fantasia.

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Ora, és tudo que eu queria pra mim, e não és.

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És como a ave que voa em um paraíso, faceira,

longe das maleficiências mundanas e vazias,

e eu, um ser carnal e profano, vaso em vento poroso,

um substrato de dias em dores e sem o anjo da fé.

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Tu és o poema que tinjo no bloco amarelado,

e eu, poeta faltoso, esmiúço c’as tintas da espera,

longe da realidade, perto de turvas quimeras.

.

Eu, que pouco ligo aos caos que tenho  pela frente,

sigo versando consciente o meu verso em lírios dourados.    

 



 

sábado, 13 de janeiro de 2024

Feliz Aniversário, Rosa Maria

Feliz Aniversário, Rosa Maria

(Acróstico)

Autor: Luiz Alberto Quadros Gonsalves, o *Poeta Sem Talento!

Rosa és extrato do próprio nome,

Otimista, delicada, bela e inteligente,

Sabes o certo em firme ditame.

Amiga sempre presente!

.

Mater – Maria início da Criação  Divina

Ante as adversidades és forte,

Rainha e dama com o coração de menina

Inigualável em essência e sapiência

A ti este poeta deseja-te boa sorte.


 

A sublimidade do teu olhar

A sublimidade do teu olhar

Autor: Luiz Alberto Quadros Gonsalves, o Poeta Sem Talento

Vou exaltar a sublimidade do teu olhar felino,

posto que espelhas o que trazes na alma singela;

ternura, delicadeza, sensibilidade e carisma.

.

A ti eu tiro o chapéu, dobro os joelhos e inclino,

dama da brisa que serena a alma; és bela,

e tens uma graciosidade que desvanece e abisma.

.

O cosmo é infinito em grandiosidade e enigmas,

mas, na terra, o teu olhar eu não consigo definir,

uma vez que, deidade, o teu olhar fascina,

.

O teu olhar ilumina e cativa a alma tal a lua,

astro celeste que ornamentando um céu de verão,

ou tal cachoeira de rio que em uma encosta inclina.

.

Assim o poeta surge, se inclina e te define;

“tu és natural na soberania de teu atraente olhar”.

.

Na vastidão de idos tempos outrora percorridos,

eu encontrei pulhas arrogantes e desfalecidos,

por fora eram garbosos, por dentro amolecidos.

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Apreendi nestes tristes e mofos descaminhos,

o valor de amainar o coração em ternura,

por isto, dama do olhar meigo em candura,

eu levarei sempre comigo este tão doce olhar;

um olhar que mudou o mundo deste que aprendeu a admirar.


 

terça-feira, 9 de janeiro de 2024

A Dulcificada em um pedestal da mitologia

A Dulcificada em um pedestal da mitologia

Autor: Luiz Alberto Quadros Gonsalves, o *Poeta Sem Talento

Deixarei fluir os pensamentos,

e, em um esvoaço repentino,

talvez eu encontre aquele momento

aonde o fado encontra o seu destino.

.

Terei claro sentimento em ternura,

e iluminarei com meigos este mundo,

que, envolto em mil disputas,

caminha serenamente tão rente à sepultura,

sem amor, infringente e sem candura,

coberto em uma mortalha tão vil,

pigmentado de dor e solidão,

sem o perfume das rosa e sem um céu anil.

.

Não se engane com os versos de um poeta,

o bardo tudo pode em uma folha de papel,

pode viajar aos infinitos buscando o Sétimo Céu,

ou pode, simplesmente, eleger uma dulcificada

para adorná-la com lírios em um pedestal da mitologia,

e no pedestal haveriam frases versados com tinta dourada,

transmutando todo o vil e liberando uma poesia.

.

Deixarei fluir os meus pensamentos

em busca dos fados, do ventos e de uma poesia.


 

Não há Poeta Rei, nem Bardo Limitado

Não há Poeta Rei, nem Bardo Limitado

Autor: Luiz Alberto Quadros Gonsalves, o Poeta Sem Talento

Hás de saber que existem poetas sombrios,

aqueles em vagos, tristes e reservados,

que, desiludidos, tecem os seus versos frios,

compactos em dores, variantes e avoados.

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De outra forma há os c’os versos macios,

que adoçam o paladar em um meigo bocado,

ou perfumam o ambiente com rosas e lírios;

estes ornamentam em versos dulcificados.

.

Os poetas, homens e mulheres, marcados

levam todos os sofrimentos do mundo,

uma vez que produzem usando o coração.

.

Não há Poeta Rei, nem Bardo Limitado;

existe, sim, aquele de um sentir profundo

cujos os versos abalam a alma de um irmão.

 


 

segunda-feira, 8 de janeiro de 2024

Um parvo sem inspiração

Um parvo sem inspiração

Autor: Luiz Aberto Quadros Gonsalves, o Poeta Sem Talento

O poeta caiu em si ao buscar a sua fantasia,

abalou-se na sua própria estrutura,

fechou o bloco amarelo sem a poesia

e, nervoso como peixe fora d’água,

oscilou perdido em vasta noite escura.

.

No céu a lua observava atentamente

aquele querido sonhador em doce candura,

tenso e com dores n’alma o vate sofria

perdido em si, acabrunhado e sem poesia.

.

Clara noite na rua e a lua tudo observava,

no coração poeta a mais triste dor ardia,

.

Hás de entender, douto da esfinge onisciente,

que as lamurias são chagas no coração,

toca e arde no fundo d’alma perdida

e o bardo aquiesce os sonhos e as quimeras,

mas, agora perdido, um parvo sem inspiração.


 

sexta-feira, 5 de janeiro de 2024

O sonho de um poeta

O sonho de um poeta

Autor: Luiz Alberto Quadros Gonsalves, o Poeta Sem Talento

Sonhei um dia com a conjuntura dos versos,

não era orgulho, sequer era vaidade;

era o contentamento intimo da procura

de uma busca insegura por um universo,

uma marca na vida forjando a minha verdade.

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Tornei-me poeta e conto as coisas da vida,

e, muitas vezes, canto um hino ao amor.

.

O palco da existência é a linha do destino,

eu procuro manter a essência no puro e cristalino.

.

Não vale a pena voltar-se para coisas perdidas,

a sorte é o fado da brisa e da casualidade,

às vezes se perde para melhorar-se de vida,

não é truque, é uma plena verdade.

.

Na realidade o homem não vive só do pão,

por isto é preciso fluir em brumas incertas,

buscar um universo no vasto desconhecido,

procurar sonhos e vida em ruas desertas,

tecer um fio de seda ou nascer em uma poesia.

.

Não me importo com os eruditos do mal e da censura.

foi isto que eu aprendi lá atrás, em tempos idos.

aprendi que em versos toscos, mas com a mão segura,

consigo manter os meus poemas firmes e fluidos.

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Canto um hino d’amor sem nenhum remorso,

pois a ciência de si, do poeta, é como uma oração,

e se o mundo eu não consigo mudar, eu posso

ao menos suavizar um dileto coração.  


 

O véu da censura no destempero do vento

O véu da censura no destempero do vento. Luiz Alberto Quadros Gonsalves, o Poeta Sem Talento Em enleios, amargos ou doces, fantasias n...