O poeta, o escritório e a diva em um poema
Autor: Luiz Alberto Quadros Gonsalves, o
Poeta Sem Talento
Eis que divago em noite solitário novamente,
No escritório aquele perfume dos livros em
saudade,
Na impressora um poema aguarda ser impresso,
A lua penetra em imagem solenemente,
Os resíduos na cesta mostram a minha dor e
verdade,
O desanimo abate, rigoroso e prepotente; confesso.
.
A ti, imagem diva perdida no tempo e espaço,
A lembrança de uma música que toa na mente,
Mostra que nada somos, nem um pingo no
universo.
Cativa, a minha mente em uma linha sem
compasso
Tenta libertar-se tal borboleta em voou
fulgente,
Buscar, quem sabe, a libertação em um tosco
verso.
.
Parco e rude, poeta de toscos versos
simplórios,
Procuro o singular de um poema herético e
profano,
Procuro a tua imagem em encanto ilusório na
mente,
Procuro-te diva distante, mas sempre em mim
presente.
Procuro, e ti encontro no verso que flui lúcido
e diáfano.
Termino o poema e aliviado deixo o
escritório.
Nenhum comentário:
Postar um comentário