Em busca do ocaso, ou, quiçá, da eternidade
Autor: Luiz Alberto de Quadros Gonsalves, o Poeta Sem Talento
Estou aqui,
com o olhar silente,
tosco como quem diz;
"vago, irei ao poente,
em busca do ocaso,
ou, quiçá, da eternidade".
.
Me cabe interrogar
um mundo inconstante,
que não foi feito ao acaso,
semente de pimenta ardida,
um mundaréu de
gente perdida,
em cismas e mentiras,
pessoas de meia-verdade.
.
Sozinho o homem não se explica;
sozinho o homem não é nada,
sozinho a saudade do homem estica
e o vivente se perde na estrada.
.
Cada poema tem uma letra perdida
alegoria de um tempo passado
não sou ingrato, gozei a vida,
não sou soberbo, aprendi um pouco de tudo,
vaguei solitário um vasto mundo.
.
Não busco fama e nem dinheiro,
não me importo o mundo em volta,
pois se o mundo vive em revolta,
eu tenho um verso, meu companheiro.
.
Estou aqui,
com o olhar silente,
tosco como quem diz;
"vago, irei ao poente,
em busca do ocaso,
ou, quiçá, da eternidade".
.
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