segunda-feira, 24 de outubro de 2022

Em busca do ocaso, ou, quiçá, da eternidade

Em busca do ocaso, ou, quiçá, da eternidade

Autor: Luiz Alberto de Quadros Gonsalves, o Poeta Sem Talento

                          Estou aqui,

com o olhar silente,

tosco como quem diz;

"vago, irei ao poente,

em busca do ocaso,

ou, quiçá, da eternidade".

.

Me cabe interrogar

um mundo inconstante,

que não foi feito ao acaso,

semente de pimenta ardida,

um mundaréu  de gente perdida,

em cismas e mentiras,

pessoas de meia-verdade.

.

Sozinho o homem não se explica;

sozinho o homem não é nada,

sozinho a saudade do homem estica

e o vivente se perde na estrada.

.

Cada poema tem uma letra perdida

alegoria de um tempo passado

não sou ingrato, gozei a vida,

não sou soberbo, aprendi um pouco de tudo,

vaguei solitário um vasto mundo.

.

Não busco fama e nem dinheiro,

não me importo o mundo em volta,

pois se o mundo vive em revolta,

eu tenho um verso, meu companheiro.

.

Estou aqui,

com o olhar silente,

tosco como quem diz;

"vago, irei ao poente,

em busca do ocaso,

ou, quiçá, da eternidade".

.


 

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