Ei de confessar ao mundo
Autor: Luiz Alberto Quadros Gonsalves, o Poeta Sem Talento
Ei de confessar ao mundo
que o mundo é sobejo perdido no âmago
e que não devemos ter um medo profundo,
n'alma espírito triste e vago
leva o caos em tudo, num só segundo.
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Fiz a minha estrada em passo divago,
atoa, procurando a quimera e a utopia,
subi montes, desci vales, cruzei lagos
fui moleque esperto, otário, parvo e mago.
Confuso, explanei ao mundo a minha poesia.
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Chorei todas as dores possíveis,
lambuzei meu prato com mentiras,
não fugi de embates, mas preferi o dialogo,
em derrotas sofridas e vitórias incríveis
um rosário de versos em tiras.
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Na sequência da vida não trago a inocência,
de santo nada tenho, mas evito perder a razão,
pois quem vive torcido na ilusão
dobra as pernas e pede clemência
a um tipo homenzarrão.
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Por isto tenho os pés ficado no amanhã,
nem sei se existirá o dia seguinte,
mas com o espirito livre eu fico quites;
desembaraço a mente, abrando a consciência,
e fico tranquilo, pois em Deus eu tenho fé.
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