O Natal de 2020, pra mim, foi um Natal Tenso. A pandemia havia chegado em fevereiro de 2020; justo na vésperas do meu aniversário, dia 27 de fevereiro; eu faço aniversário em 28 de fevereiro. Eu logo imaginei que o Brasil teria imensa dificuldades no enfrentamento ao vírus nefasto e assassino, pois as informações que chegavam da Europa, via internet, eram preocupantes, muitas pessoas faleciam, afetada pela contaminação do vírus, que se propagava em uma velocidade assustadora. Em 24 abril de 2020, eu fiz um comunicado aberto, abrindo mão de UTI, se houvesse algum impasse ou super lotação dos leitos e refrigeradores. Ciente das dificuldades histórica do SUS no Brasil, pois muitas vezes vi pessoas sendo atendidas em macas ou exposta nos corredores dos hospitais, eu logo imaginei um quadro terrível. Tomei esta decisão, pois não me cabia na cabeça ver ou saber que algum jovem passando dificuldades no atendimento, com o risco de ir a óbito. Era demais pra mim, sequer imaginar que o Brasil perderia para a doença vidas importantes e produtivas. Entre eu, que, creio, fiz a minha parte e um jovem que ainda tinha muito a dar de si para o Brasil, a precedência do atendimento deveria ser do jovem; independente da sua condição social, raça, ideologia ou qualquer outro fator. A precedência deveria ser do jovem, nunca minha. Fiz isto, sob a minha responsabilidade e nunca me tive medo de enfrentar o incerto e, fiz ainda, sem qualquer tipo de arrependimento. Eu iria, e estou disposto, a enfrentar qualquer situação, para proteger alguém em estado de fragilidade. Todos nós, independente de quem somos ou temos, estávamos completamente frágeis diante do que estava na nossa frente. O mundo trocava pneu com o carro andando. Eu tenho muita fé em Deus, e, na vida e na profissão que abracei, eu aprendi a confiar em Deus e a olhar a dor dos fragilizados. Sou Policial Militar aposentado e o risco fez sempre parte do meu dia á dia. A pandemia ficou forte. O quadro se agravou. Milhares de pessoas perderam a vida, eu perdi familiares, amigos, colegas e conhecidos. Eu, confesso, tive um momento interior muito tenso.
Agora, estamos no Natal, de 2021, e, Graças a Deus e a vacina, o quadro está amenizando. Pra mim, acredito, este é o Natal da Esperança. Deus nunca nos abandonou, pelo contrário, na provação e adversidade, Deus guiou e capacitou os cientistas, médicos e profissionais da saúde, para vencer esta batalha da humanidade.
Eu acredito no fim da pandemia, e acredito que 2022 será um novo marco no combate ao vírus nefasto e assassino.
Luiz Alberto Quadros Gonsalves
Prezado poeta a coragem e fé fortalecem o sistema imunológico, pois então, estaremos fortes diante destas passagens difíceis, claro dentro dos cuidados necessários. Também acredito que este ano venceremos. A ciência e a fé nos devolverão nossos dias!
ResponderExcluirAbraço e um ótimo 2022!
Estamos em 23/04/2022 e, parece, que o pesadelo vai ter fim. Obrigado e abraço, Itamar.
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