quinta-feira, 30 de setembro de 2021

Doce ternura em milonga marcada

Doce ternura em milonga marcada
Autor: Luiz Alberto Quadros Gonsalves, o Poeta Sem Talento
Doce ternura, tens a essência das flores,
em ditosos dias ainda canta amores,
o amável perfume do cinamomo em flor
(meiga caricia é viver e sonhar d'amor),
aquele grande arvoredo, protetor da estância,
curvado, mas forte em vigor e constância,
tão belo e florido, ele abre as alas à primavera,
estação dos sonhos, fantasias e quimeras.

E paira no ar a fragrância dulcificada
tênue perfume que amaina o coração.
És assim, bela prenda em vistoso cetim,
marcando presença em florido jardim.
Doce ternura, desperta amor e paixão,
em vivo impulso de linda milonga marcada.


 

quarta-feira, 29 de setembro de 2021

De Todos Os Poemas Que Eu Fiz

De Todos Os Poemas Que Eu Fiz
Autor: Luiz Alberto Quadros Gonsalves, o Poeta Sem Talento
De todos os poemas que eu fiz,
marcaram em extratos oportunos
aqueles que eu compus para ti.
.
Incoerentes, incautos ou, até, inoportunos,
todavia eu redigi e não arrependo.
.
Poemas ornados em belas armações,
marcos duradouros e contínuos
em delicado sabor de meiga amor.
.
E hás de saber, divina rosa em flor,
que o tempo e a distancia fazem tudo,
só não afastam o há no coração.
.
E tu levarás contigo o que foi dito
em meigos escritos;
os meu poemas d'amor.
.
E estes poemas, em minguados segundos
de uma calma e transcendente leitura,
mostraram  um pouco do meu mundo
e o muito da minha ternura.





 

O que temos pela frente

O que temos pela frente
Autor: Luiz Alberto Quadros Gonsalves, o Poeta Sem Talento
Eis que repentinamente estamos
à beira do derradeiro,
e com receio ou aliviados
não podemos desviar o passo,
é o que temos por inteiro.
.
E vamos ao encontro do desconhecido,
perdidos ou não,
sem dó e nem coração.
.
O que temos pela frente é impar,
diferente de que imaginamos,
nada podemos levar
e deixaremos apenas uma lembrança,
talvez nem isto;
será o esquecimento pleno,
uma angustia que muito atormenta;
mas fazer o quê?
.
Tivemos todo o tempo do mundo
e não conseguimos tudo,
perdemos para a nossa vaidade,
e em tórridos caminhos perdidos
deixamos para traz
uma mensagem que seria a paz.
.
Mas fazer o quê?
O que temos pela frente é caminho impar,
hoje não podemos vacilar...



 

terça-feira, 28 de setembro de 2021

Sibila D'Amor Constante

Sibila D'Amor Constante
Autor: Luiz Alberto Quadros Gonsalves, o Poeta Sem Talento
Que o firmamento separa o céu da terra
é uma certeza do cuidado Celestial,
Eterno e Diligente, da mão que tudo encerra.
.
E tu foste de todas a mais bela criatura;
concebida em abundante essência d'amor,
moldada em singelo recato e ternura.
.
És o inicio d'um poema em versos ornados
em rosas e eflúvios; essência do bem-fadado,
que acaricia os corações em meiga candura.
.
Os teus olhos refletem a suavidade da tua alma,
verdadeira e límpida  em virtude e lisura,
tens um sorriso que encanta em afável leveza;
suave é a tua voz em delicada sutileza;
o teu corpo emoldurado em elegante glamour,
desvelam um enigma em magia e sedução.
.
Poeta que canta ainda o simbolismo antigo
trago comigo a paixão clara e delirante,
embrulhada em papel amarelo e amigo,
és feita em doce encanto, sibila d'amor constante,
e se um dia eu te comparar com a natureza,
na tua beleza encontrarei um cristalino diamante.





 

quarta-feira, 15 de setembro de 2021

Cada Poema Meu Tem Um Pingo De Amor

Cada Poema Meu Tem Um Pingo De Amor

Autor: Luiz Alberto Quadros Gonsalves, o Poeta Sem Talento

Cada poema meu tem um pingo d'amor,

carinho e sedução em lealdade.


O amor que trago por ti não hás de negar,

pois sabes que é a essência da minha verdade.


Te olhar é como olhar o mar,

está ali, na nossa frente, azul e cristalino,

límpido, visto ser fundamento em orientação,

mercê do Celeste e Supremo Maior Divino,

e tu estás ai, em simpatia, inspiração e beldade.


Lindo é olhar o mar, em sua indefinida plenitude,

ou dizer; "ti venero em absurdo e constante ardor".


Este afeto é intempestivo, singular e transparente.


Ei de estar sempre contigo no âmago e pensamento,

ei de ter sempre comigo um pequeno poema, 

e ei teimar em ti mostrar sem medo ou dilema.


Cada poema meu tem um pingo de amor,

carinho, sedução e verdade.



terça-feira, 14 de setembro de 2021

Um Anjo Esquecido E Um Rude Sem Amor

Um Anjo Esquecido E Um Rude Sem Amor
Autor: Luiz Alberto Quadros Gonsalves, o Poeta Sem Talento
E o desvario ressonou em vagas e fantasias,
debilitado e tragado em meiga quimera,
mas feliz, pois sabia que o amor é ilusão,
coberto em suave calda de mel e utopia.

Olhou firme ao céu azul, o sonso sonhador,
esperava, talvez, uma mensagem celestial.

Felicidade, descuido anjo vagabundo,
nada fez...ausente e sempre voador,
nem pensou em ofertar o parvo d'amor.

E assim, em idílio sem meio e nem final,
um anjo esquecido e rude sem amor.


 

segunda-feira, 13 de setembro de 2021

Antes Que O Sol Se Vá

Antes Que O Sol Se Vá,

Autor: Luiz Alberto Quadros Gonsalves, o Poeta Sem Talento

A tarde chega na primavera da vida,

e antes que o sol se vá

vou deixar um pouco de mim,

posto que, rude e escasso,

tive experiências sortidas

em parcos e abraços;

tudo antes que o sol se vá.


Falarei das palmas,

mas não esquecerei das perdidas.


As arestas não cabem no espaço,

posto que o mundo é feito redondo

pra gente nunca se esconder.


Antes que o sol se vá. 





Importa Saber

 

Importa Saber
Luiz Alberto Quadros Gonsalves, o Poeta Sem Talento
E se eu não fosse um simbolista,
poeta que ama o desvario em divagar,
perderia o tato, gosto e  a vista 
sem conseguir compreender,
que és, sim, um universo a desvendar.

Ficaria as noites perdido em mim
abduzido em dores interiores diversas
cadenciado em torva agonia,
perturbo c'as misérias do mundo
sem inspiração e sem poesia;
alma sofrida, calada e imersa,
cambaleado e desordenado em agonia.

Mas de súbito me vem a imagem tua,
delicada e encantadora figura,
deslumbrante, viçosa e elegante;
assim, como és, bela e provocante 
e o coração envolto em candura.

Doce sereia que em teimo em divagar
em versos rimados ou soltos de tudo
a beleza dos versos não precisa notar
importa saber que mudaste o meu mundo.




quinta-feira, 9 de setembro de 2021

Ai dos Vencidos

Ai dos Vencidos
Ai dos Vencidos
Autor: Luiz Alberto Quadros Gonsalves, o Poeta Sem Talento
Ai dos vencidos,
os derrotados que deram o suor a causa
mas foram submetidos
e esfacelados  agora choram de dor,
sem eira e sem pausa.

Haverão, os vencidos,
de ter um dia ter discernimento e saber
que a força desiguala os mais fracos?

Esquecerão, os vencidos,
da dor em triste agonia?

Saberão, os vencidos,
ocultar as suas lágrimas de dor,
lembrando que o amanhã pode ser um novo dia?

A dor dos vencidos é a duvida 
que marcará na mente o momento pior
e eles sufocarão em desconsolo,
com a alma sofrida 
e o sonho jogado em vil subsolo.

Odienta e mal cheirosa latrina.

Até que um dia estarão outra vez unidos,
talvez com mais confiança
pois nada mais terão a perder.

E os vencidos voltarão a disputa,
com a alma briosa,
enfrentando uma nova luta.

No peito a esperança de vencer.



 

quarta-feira, 8 de setembro de 2021

A Razão da Vida

A Razão da Vida
Autor: Luiz Alberto Quadros Gonsalves, o Poeta Sem Talento
Amor que te quero sempre perto,
és maná em tão doce paladar
és marco em denso e triste deserto,
és a mão que se pode contar.

Amor em coração meigo e aberto,
és a rosa florida em suave perfumar
és tu quem faz meu dia diserto,
posto que dependo do teu olhar.

Amor se deprimo perco a sintonia, 
saracoteio a minh'alma em pesar,
cambaleio opaco em noite escura.

Amor que sempre me segura
com este jeito tranquilo d'amar,
és a razão da vida e desta poesia.



 

terça-feira, 7 de setembro de 2021

Coração celeste fugido do mundo e das dores

Coração celeste fugido do mundo e das dores
Autor: Luiz Alberto Quadros Gonsalves, o Poeta Sem Talento
A despeito dos homens e dos sentidos
só tu me inspira na pena os versos,
e são todos teus, coberto d'amores, 
celestes e fugidos do mundo e das dores;
uma vez que livres e ungidos
proclamam o que trago no peito:
o amor e a ternura.

E tu tens nas faces o encantamento;
rosadas que são, em suave ternura,
és feita d'amor em graça e acalento.

Sonata borboleteando em carícia n'ar.

Esvoaças e canta no coração d'um anjo feliz,
posto que divina deidade em doce candura,
és senhora dama vestida em cetim,
trazendo pra mim o perfume da rosa flor,
dileta rainha das flores que muito me encanta
enchendo o meu coração d'amor.





 

segunda-feira, 6 de setembro de 2021

Quando cansado eu andava errante à brisa

Quando cansado eu andava errante à brisa
Autor: Luiz Alberto Quadros Gonsalves, o Poeta Sem Talento
Quando cansado eu andava errante à brisa,
tinha n'alma aquele toque sutil, 
acobertado e desvanecido,
o olhar perdido e sem divisa.

O meu horizonte parecia longe, 
sombrio e perdido.

Diluía n'alma o oque,
de que nem sei o porquê.

Sei somente que a angústia infesta
minguava o ser em picardia,
afronta ao desígnios celeste,
que umedece a vida em gostas d'amor,
mas eu era dominado por um anjo vagabundo
eu não compreendia nada do mundo.

E assim eu marchava com um exército perdido,
cabisbaixo, frio e pleno em desamor.

Queridos que seguram esta triste leitura,
não pensem que foi fácil a retomada,
foi um passo depois do outro ser dado,
e formado o meu coração em candura.


 

domingo, 5 de setembro de 2021

Epitácio para toda gente



Epitáfio  para toda gente

Autor: Luiz Alberto Quadros Gonsalves, Poeta Sem Talento

Eis que agora és tu,

só tu;

tu e o Salvador,

e hás de ter a Divina Justiça,

aquela aquela dada com equidade

e dentro de toda a verdade.

Justiça Divina resoluta n'amor,

mas Justiça de Verdade. 

Na Penumbra Da Noite Mal Dormida

Na Penumbra Da Noite Mal Dormida
Autor: Luiz Alberto Quadros Gonsalves, o Poeta Sem Talento
Na penumbra da noite mal dormida,
os olhos pesados, solitário em minh'agonia
eu pensava em ti; eu pensava na vida.

Foste sol celeste em farto verão
e a vida, esvaiu-se desvanecida.

Eis que de súbito vestido em branco candura
um anjo me vem, envolto em brilho d'amor.

Tão bela que eras 
nascida em berço d'amor;
tão triste que é a saudade entornada na dor,
aquela  que era vertida em sonho e glamour.

E és saudade e solidão,
e as vezes um sonho ou imaginação.



 

Pensamentos

 Onde quer que o poeta se encontre, na paz ou na guerra, firme ou em devaneio, este poeta não pode esquecer que ele, poeta, é o arauto do que encanta os corações que sofrem, e, mesmo sendo humano como ele é, a sua missão é uma sublime dádiva celeste.

Poeta Sem Talento - Pensamentos

sábado, 4 de setembro de 2021

Dizem por ai...

 Dizem por ai...

Autor: Luiz Alberto Quadros Gonsalves, o Poeta Sem Talento

Dizem por ai

que a opinião deve ser medida

e que, se for liberada,

deve ser estendida

somente na extensão

que o nosso ouvido possa ouvir.


Gente sem coração!

quinta-feira, 2 de setembro de 2021

Só Me Interessa Um Poema

Só Me Interessa Um Poema
Autor: Luiz Alberto Quadros Gonsalves, o Poeta Sem Talento
Só me interessa um poema,
preciosa dama da candura;
ou serias a dona da ternura?

No Simbolismo dos versos meus
não me cabe a maresia,
tão doce é a minha poesia.

E eu cantarei os meus versos
em livre sonata
que esvoaçarão aos universos,
infinito sem fim,
que trago em mim, cobertos em alegria.

E tu serás a mais amada sibila,
divina quimera em meiga utopia,
doce, amena e tranquila.

Só me interessa um poema.


 

As Coisas do Dia

As Coisas do Dia
Autor: Luiz Alberto Quadros Gonsalves, o Poeta Sem Talento
Passo os dias em blocos e pesquisas,
tento achar o tato c'as coisas da vida,
em parcos escritos que se improvisa,
um fiapo de mim em louca pedida.

Um monte verde e sem divisa
perdido da vista, quimera retida
e proibida, que a gente precisa,
e deixa fluir, disperso na brisa.

Ah que loucura as coisas do dia,
rude aceno para os registros mal feitos
que teimam a angústia acalmar.

É o medo vida ou o medo d'amar?
Em mil pecados e dois defeitos
que lanço absorto em uma poesia.



 

quarta-feira, 1 de setembro de 2021

Olhar Em Frente E Reconstruir

Olhar Em Frente E Reconstruir
Autor: Luiz Alberto Quadros Gonsalves, o Poeta Sem Talento
Eis que, repentinamente, termina o inverno,
este grande pesadelo que atormentou a humanidade,
e das cinzas nós reconstruiremos o mundo.

Um mundo diferente e mais aconchegante.

Será sonho somente d'um  poeta, escrito no caderno,
ou haverá realmente um mundo modificado?

As perdas que tivemos foram imensas,
dói ainda n'alma aquele sorriso maroto não dado,
dói muito a falta que faz a partida sem volta.

Revolta saber que em dado momento faltou o amor,
mas cada ser da sua maneira se remoía em dor.

Mas ali, logo ali na frente, uma nova alvorada,
uma nova oportunidade, um novo porvir;
olhar para frente e reconstruir.

01\09\2021



 

Ao cunhado Walter dos Santos

Ao meu cunhado Walter Santos.
Existem aquelas pessoas que, na vida, dispensam de fazerem o mais fácil, porque preferem fazer o mais certo. E estas pessoas são movidas por um sentimento profundo que lhe moldam o espirito e os fazem um pouco mais humanos. É como um virtuoso dever que o espirito carrega e os impedem de acometerem nos desvios da vida para usufruir alguma  tipo de vantagem. É a ética.
A ética de ter um padrão mesurado em plena consciência de que o mais certo deve ser sempre buscado.
Não importa os sacrifícios que fazem, importa é estarem de bem com o sua própria consciência.
E entre estas pessoas você sempre esteve, Walter Santos.
Eu lembro que muitas vezes em que pude contar com a sua mão amiga. E quantas vezes você me orientou na vida profissional? E eu escutava a voz da sua experiência. A sua unica cobrança que você sempre fez de que a todos é dado a obrigação de não destoar do caminho do bem. Pois acima de tudo é preciso andar na trilha do que é o mais certo. E você tinha muito orgulho de ser o que sempre foi; um excelente profissional. Um policial exemplar. Um chefe de família dedicado, e um cunhado muito amigo.
Falta-me palavras para definir a dor que nos atingiu com a sua partida, no entanto, Walter, você fez parte dos melhores momentos da nossa história e, enquanto houver vida, nós vamos lembrar do seu olhar sincero, da sua voz amiga e da sua mão sempre estendida.
Que Deus guarde o seu descanso e um dia na certa estaremos juntos.
Obrigado por ser um marco de amizade e companheirismo na nossa história.
Do seu amigo e cunhado Luiz Alberto Quadros Gonsalves.  


 

O véu da censura no destempero do vento

O véu da censura no destempero do vento. Luiz Alberto Quadros Gonsalves, o Poeta Sem Talento Em enleios, amargos ou doces, fantasias n...