Sibila
Autor: Luiz Alberto Quadros Gonsalves, o Poeta Sem Talento
De onde viste sibila das flores?
A tu voz é meiga e não engana,
toca n'alma e no coração de quem ama.
És fruto do amor ou da utopia?
Não sei, mas o teu jeito singelo e sereno
adoça a alma ardida em dissabores,
e em cantos o poeta vibra e se encanta.
Quem me dera, fadinha dos versos meus,
que tu ficasse um instante em meu coração,
aliviando a dor que em volta se agiganta;
estes dias são pesados em densa agonia.
Tolero a angústia de te ver em lívida imagem,
pálida e opaca, como a vida, oscilante.
Mas não tem jeito, não, és tu a minha poesia,
e, mesmo distante, alivia a dor e amaina o meu dia.
Pra onde vais, sibila dos meus amores?
Tenha contigo a certeza de que onde fores
levarás os meus versos e a minha fantasia.
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