sexta-feira, 21 de maio de 2021

Sibila

 Sibila

Autor: Luiz Alberto Quadros Gonsalves, o Poeta Sem Talento  

De onde viste sibila das flores?

A tu voz é meiga e não engana,

toca n'alma e no coração de quem ama.

És fruto do amor ou da utopia? 

Não sei, mas o teu jeito singelo e sereno

adoça a alma ardida em dissabores,

e em cantos o poeta vibra e se encanta.

Quem me dera, fadinha dos versos meus,

que tu ficasse um instante em meu coração,

aliviando a dor que em volta se agiganta;

estes dias são pesados em densa agonia.

Tolero a angústia de te ver em lívida imagem,

pálida e opaca, como a vida, oscilante.

Mas não tem jeito, não, és tu a minha poesia,

e, mesmo distante, alivia a dor e amaina o meu dia.

Pra onde vais, sibila dos meus amores?

Tenha contigo a certeza de que onde fores

levarás os meus versos e a minha fantasia.





Cadê o futuro que eu, otimista, tanto previa?

Cadê o futuro que eu, otimista, tanto previa?
Autor: Luiz Alberto Quadros Gonsalves, o Poeta Sem Talento
Nas horas tristes em nuvens carregadas,
o ânimo se apequena na tez densa e sofrida,
perco o jeito com a mão que larga a pena;
oscilante me inflamo e fico de mal com a vida.
A terra amortalhada de dor e agonia,
a minh'alma inerte, sebosa, dolente e sem poesia,
poluída em divagos perdidos em outra dimensão,
chora desconsolada a dor desta gente sem coração;
dói  captar o recheio de coisas fúteis e libertinas.
Cadê o futuro que eu, otimista, tanto previa?


 

terça-feira, 18 de maio de 2021

És Poesia E Sonho Pra Mim

És Poesia E Sonho Pra Mim

Autor: Luiz Alberto Quadros Gonsalves, o Poeta Sem Talento

Hás de um dia lembrar dos poemas que eu te fiz,

se fostes ou não feliz

em nada vai modificar o fato que foste diva,

e, como as fadas e sibilas dos campos e montes,

encaminhastes os meus horizontes

na busca da rima certa, em voo colibri.


E eu era um poeta no divago incerto sem fim

e tu eras a luz que entrava na noite calada

vestida em utopia ou rosa em tão meigo cetim;

de todas a mais bela, vultoso jardim.


E os teus cabelos, roubados do astro celeste,

esvoaçavam em tertúlia ou doce candura;

és um verso em poema bendito,

ou rosa divina em vistoso jardim


Primícias d'amor que trago no peito,

nem sei se é errado ou direito,

sei apenas que és poesias e sonho pra mim.





O Mundo

 O Mundo

Autor: Luiz Alberto Quadros Gonsalves, o Poeta Sem Talento

Eis que o mundo ficou tão diferente,

modificado em si, perdeu a sintonia,

parece que o mundo esqueceu da gente

e transmutou para outra direção,

sem poesia.

E o mundo aquele, em outra dimensão,

chora saudoso a falta que sente

do fervilhar de um povo alegre e contente.

Quisera que o mundo retornasse um dia

aqueles tempos sem dor e nem agonia.

Hoje o mundo chora a dor no seu coração.



O véu da censura no destempero do vento

O véu da censura no destempero do vento. Luiz Alberto Quadros Gonsalves, o Poeta Sem Talento Em enleios, amargos ou doces, fantasias n...