A Diva, os Nautas e os Deuses
Autor: Luiz Alberto Quadros Gonsalves, o Poeta Sem Talento
Porque, Diva Presente, tens condensado n'alma
dos sentidos aquele mais doce e inocente,
fluente em rio claro e cristalino de casta vertente,
e não haverá quem tente fazer desta candura
amor pedido, liame findo ou quimera ausente,
posto que nos teus olhos mora a ilusão meiga e sincera,
aquela que afaga o ser, enternece e acalma.
E, assim., estimada e amada Diva Presente,
este sentir não pode ser vil, poluído ou profano,
posto assim seria magoar em amargo engano.
Atingirei o sortilégio dos nautas passados.
desbravadores,
nos mares otimistas e incansáveis,
corações amigos e valentes.
Esta é a virtude que Apolo cantou em acalentos;
os deuses cantavam amores mas eram instáveis.
Misturar marujos aventureiros com deuses interesseiros?
Diva Presente, d'amores o meu peito enternece
e assim em poemas a pena esvanece.
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