A Pena Que Não Aflui
Autor: Luiz Alberto Quadros Gonsalves, o Poeta Sem Talento
Tu que vagas ansiosa no meu mal escrito,
talvez tenha a ânsia de encontrar o perdido,
quimera adormecida em lidas passadas,
ou garimpar em claro cristal o sibilino não dito,
quiça encontro com momentos outrora vivido,
e hoje recôndito e doces, todavia emaranhados,
tal novelo rebelde a ser trabalhado;
quisera olhar nos teus olhos, sacerdotisa,
e dizer-te os mais belos poemas,
que n'alma jorram e vertem,
no entanto, parvo, não aflora mais a vista,
incauto e dolente, sofro na néscia
de ter uma alma mansa, impune, lerda e serena,
que, ainda indócil, deseja afluir em cantos e rimas,
não me engano e nem a ti mais engano,
escasseia, em mim, a frenesi, a força e a poesia,
tenso, olhos nos teus olhos, aflitos,
que procuram, entretanto não aplumo a pena.
quinta-feira, 23 de agosto de 2018
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Divagação
Divagação Autor: Luiz Alberto Quadros Gonsalves, o Poeta Sem Talento A gente vive um dia de cada vez, aproveitando, ou não, o que aprend...

-
A tua poesia Autor: Luiz Alberto Quadros Gonsalves, o Poeta Sem Talento Poesia é fluar sem rumo, ao distante, lá no contraponto do real, bus...
-
A integridade e a banalidade - divagação Autor: Luiz Alberto Quadros Gonsalves, o Poeta Sem Talento As complexidades da vida mergulham a exi...
-
Entre a Luz e a Escuridão Autor: Luiz Alberto Quadros Gonsalves, o Poeta Sem Talento Há, entre a luz e a escuridão, uma risca de incertezas ...
Nenhum comentário:
Postar um comentário