quinta-feira, 23 de agosto de 2018

A Pena Que Não Aflui

A Pena Que Não Aflui
Autor: Luiz Alberto Quadros Gonsalves, o Poeta Sem Talento
Tu que vagas ansiosa no meu mal escrito,
talvez tenha a ânsia de encontrar o perdido,
quimera adormecida em lidas passadas,
ou garimpar em claro cristal o sibilino não dito,
quiça encontro com momentos outrora vivido,
e hoje recôndito e doces, todavia emaranhados,
tal novelo rebelde a ser trabalhado;
quisera olhar nos teus olhos, sacerdotisa,
e dizer-te os mais belos poemas,
que n'alma jorram e vertem,
no entanto, parvo, não aflora mais a vista,
incauto e dolente, sofro na néscia
de ter uma alma mansa, impune, lerda e serena,
que, ainda indócil, deseja afluir em cantos e rimas,
não me engano e nem a ti mais engano,
escasseia, em mim, a frenesi, a força e a poesia,
tenso, olhos nos teus olhos, aflitos,
que procuram, entretanto não aplumo a pena.

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