É só Natal
Autor: Luiz Alberto Quadros Gonsalves, o
Poeta Sem Talento
É
Natal,
Só Natal.
Noite calma,
Noite de Natal,
O silêncio n’alma
Tange ferina e fina,
Silêncio que amortalha
Ferino tange lá n’alma.
Fere afiada e aguda agulha,
Parece que o mundo esvoaça,
E não há nada que atenue a dor.
Natal que dói no fundo d’alma,
Pena vil que no papel esboça
Um canto flamado em dor.
Quem
não come não ora,
Fome não é poesia não,
Gente com fome chora,
Não reza em oração.
A alma chora a dor
Da fome do povo.
Noite de Natal,
É só Natal,
Natal...
Natal...
Só...
Poema de protesto; as crises no mundo estão a esfervescer, parece um mundo em ebulição; como anelo de Natal; só a paz entre os povos.
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