Aqui jaz
Autor: Luiz Alberto Quadros Gonsalves, o
Poeta Sem Talento
Agora eu sei, não és infinda,
e fostes eleita, um dia, dogma e preceito,
dito em claridade sem impar no pensamento,
ondeando em nuvens densas, adágio e verdade,
tal deusa da vida, dona em lustro direito,
contudo coberta em poera que amola a faringe,
desconcertando o ser n’alma em triste vertigem,
imitando o pó dos deuses nocivos; fuligem.
-
Mandinga enjeitada a beira da estrada,
uma larva em cada olhar perene,
rindo riso sinistro que atordoa
sem pena do ser d’alma leviana que triste voa,
(pensava
ser primícia em um novo inicio).
-
No entanto todo o prelúdio era...nada,
em tudo no mundo imundo só declínio,
maldade sem inicio, meio ou fim,
epilogo de um clico fechado e inútil,
cerrado no intimo do coração,
tal verso livre, preso no extinto
sem um magro e dissidente parvo a poetar.
-
Arsênico da morte lenta e certa, fina
estranheza.
-
Abri os olhos...os descalabros não vejo
mais...
descansei...os infortúnios tiveram fim...
na vida os males do passado... aqui jaz.
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