O Doce da Vida, Serena
Autor: Luiz Alberto Quadros Gonsalves, o
Poeta Sem Talento
Doce é esquecer que a vida efervesce
na panela de pressão do dia a dia,
pausando a alma no que de fato enternece.
Eu busco, quem sabe, o ritmo da poesia.
Quisera, pausar nas asas de Eros, o deus do
amor,
esquecendo este tempo de guerra e prepotência,
onde vinga o ódio e cresce o desamor,
no entanto, Serena, pouco posso na existência.
Desculpas Serena Querida, musa da vida,
meu canto é hoje abafado em pingos de dor
pois clima no Brasil dias incertos
até parece que tudo é acre e deserto.
Doçura é saber que a vida tumultua,
alvoraça a alma, que triste se amotina,
entretanto existem as musas com luzes divina,
que perfumam a alma que, tranquila, flutua.
Definem, as musas; os poetas dão lírios em
flores,
reclamam as rudezas com a pena na mão,
e, apoquentado fazem uma confusão,
as musas, no entanto, são anjos em utopias
e estas não se quedam em dores,
merecem o alvo, o justo e uma poesia.