quinta-feira, 19 de outubro de 2017

Querubim da Paz

Querubim da Paz
Autor: Luiz Alberto Quadros Gonsalves, o Poeta Sem Talento
Se tu soubesse, Serena,
que o mundo é pequeno e ardido,
semente de pimenta
habitado por filhotes de hienas,
diminuto globo perdido,
em universos adventos,
tempestades e tormentas.
-
Acalenta serena
no peito o amor divino e constante,
sorriso n’alma apaniguada,
por seres, tu, Querubim de Paz,
que em esplendente fervor voraz
procuras o tudo em nada,
por teres a alma elegante,
doce, querida e amena.

Se tu soubesse, Serena, que o orgulho mata
em golpe certeiro do primeiro,
um terço que cai, exangue e atingido,
ficando o terceiro com olhar vacilante.

Pobre Serena linda e radiante,
inocente com o coração afligido,
musa singela de triste sonata.

Há de chorar, Serena musa querida,
a criança largada na rua,
o homicida que bebe no bar,
gente perdida sem direito de amar,
realidade tão clara e crua.

As desumanidades dos seres em vida.

Obraria cônscia as dores do mundo,
em teus ombros protegidos nos cabelos d’ouros?

Serena que sabe sorrir, amar e rezar,
ore por este mundo sem paz,
que o mal não se multiplique demais.

A um anjo, na certa, Deus vai escutar.



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