sábado, 28 de outubro de 2017

A Vida e A Morte do Aquiles, baita xirú faceiro

A Vida e A Morte do Aquiles, baita xirú faceiro
Autor: Luiz Alberto Quadros Gonsalves, o Poeta Sem Talento
- “Se és lindo, Aquiles se chamará”
disse a velha parteira ao lado do leito,
enquanto a mulherada em volta teimava a espiar.
-
Assim vinha ao mundo mais um xirú,
indiozinho metido a besta feito bolo de angu,
sempre procurando algo pra se prejudicar.
-
Danado a penca como focinho de tatu,
arteiro como ele só, fazendo o seu banzé,
endiabrado que quando amolestado,
não disfarçava que ficava incomodado,
entristecia como velha ave uratau,
o indiozinho pobre e jaburu,
cabisbaixo ficava, o guri que queria ser o tal.
-
Criou-se o Aquiles apadrinhado
pelo Adonias chimango Velho Coronel,
dono daquela fazenda lá do outro lado
-
E de arte em arte o xirú forte crescia,
era companheiro dos filhos do patrão;
não era empregado não,
embora sempre bem disposto a dar uma mãozinha,
era buenaço na lida e nunca se escondia.
-
A mãe do matreiro se orgulhava faceira,
com aquele bagual forte como erva de ribanceira.
-
Tava crescendo boenaço o piá,
antes um baita bagunceiro.
-
Agora já homem formado na lida,
embora guaipeca ainda,
virou cusco romantico e um baita chineiro,
não escondia seus pilas,
pobre do seu pouco dinheiro,
havia sempre uma morocha disposta a carregar.
-
E seguia o pobre do índio...sempre faceiro.
-
Aconselhar o rapariga era uma baita besteira,
conselho dito era logo conselho perdido,
o Aquiles nem dava bola pra muita alarida,
pra dinheiro nem dava guarida,
não era um pouquinho que ia lhe estragar.
-
Fazia torto e novamente, tosco sem prata,
para lida ia um outro cobre ganhar.
-
Sorrindo besta e alegre, 
hoje se diz, "com a cara de lata".
-
Um dia chegaram dois ginetes na fazendo,
e foram logo dizendo pro coronel:
-"Arrebanha tua gente, aqueles mais valente,
vieram a gauchada lá da fronteira,
gritando forte: índio é revolução".
-
Grito forte aterroriza muita gente,
mas não nós Chimangos, abagualado em bala tenente,
vamos pra peleia, com a gente é diferente
por isto precisamos de Vosmercê.”
-
Foi fácil do Aquiles compreender
era um gaiato,
mas do entreveiro não ia se esconder.
-
A tropa do Coronel Adonias era grande,
e levava no peito o Rio Grande,
gente disposta a dar a vida por este chão bendito.
-
Tava o Tonho, o Cléu e o Velho Vicente,
o Aquiles, o filho do patrão e o Seu benedito,
ninguém ficou pra traz
embora todos fossem gente de paz.
-
Toda a gente nova confiava nos veteranos,
sabiam que logo a bala ia pegar,
temiam muito, pois salvo engano,
prisoneiro o inimigo nunca fazia;
até diziam:
“não se gasta pólvora com chimango”
-
Um dia a bala pegou de verdade,
tô longo, não vou contar o entreveiro,
vou dizer somente
que o destino fez a tal de maldade,
como já fez pra muita gente
-
Maldade existe, melhor seguir em frente.
-
Ali, caído rente as pedras do riachinho,
um vulto vítima de bala perdida,
que lhe tirou a alegria da vida.
-
Aquiles, lindo guri arteiro e faceiro,
que não dava guarida pra dinheiro,
foi enterrado na sombra da velha figueira,
ali um pouco perto da ribanceira.

-

sexta-feira, 27 de outubro de 2017

Dorme menino

Dorme menino
Autor: Luiz Alberto Quadros Gonsalves, o Poeta Sem Talento
Dorme menino
Dorme anjinho
Teu sono é sagrado
Sereno, tranquilo e suave
A mãe te afaga
Em doce carinho
O pai te protege
Coração cristalino
Menino dorme
Dorme anjinho
No céu o Divino
Protege o teu lar
Dorme menino.
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Ao bisneto Rafael. 

Te Amo Demais

Te Amo Demais
Autor: Luiz Alberto Quadros Gonsalves, o Poeta Sem Talento
Em teus braços, cativo, está o amor,
Pois quem ama esquece do para si
Vivendo o afeto sublime do para ti
Empatia do casto, celeste e protetor.
-
Guarida ou alivio em tempos de dor
És oásis ao descanso de um bem-ti-vi
Ou jardim de flores mil ao colibri
Ternura, afago e abrigo consolador.
-
Em tempos difíceis nunca abandona
Não importa gerência maldita tenaz
Ou a queda do mundo em soturna zona
-
A ti é dado a luta em amor e paz
És forte e firme, de si és dona,
Cativo eu vivo, pois te amo demais.

Os Meus Versos a Ti, Serena

Os Meus Versos a ti, Serena
Autor: Luiz Alberto Quadros Gonsalves, o Poeta Sem Talento
Cravo versos simples e aberto ao eterno,
os frutos de fadário tresloucado e ferrenho.
-
Busco em papiro simples, branco papel,
o amor em graça e utopia, desejo que tenho
de elevar um poema puro, lapidado e terno.
-
Estrela na noite densa e escura,  
encanto em alegria que extasia,
fábula em vento celestial,
Criação do Deus do Big Bang soturno
ou simplesmente aréola de poema;
és tu, diva minha, dona esta confusa poesia.
-
No inicio de tudo era o etéreo celestial.
-
Ele fez a luz; celeste, sublime e criadora,
-"nunca mais se escasseou o entoar tênue vital".
-
A vida expandiu-se, maravilhosa e incomparável,
na mão do Onipotente e Criador.
-
Em odes e poemas opacos viajo ao infinito solene
levo comigo mil cantos aos Querubins de Deus;
és tu, Serena, a dona dos versos meus.

quarta-feira, 25 de outubro de 2017

Divagação: A vida é curta

“A vida é curta, a alma é profunda. Na lavoura da vida devemos semear só as boas árvores, assim os frutos serão atraentes e saborosos.”  - Poeta Sem Talento 

Divagação - Mulheres de bem com a vida

“Mulheres harmoniosas e belas, de bem com a vida, fazem os sonhadores fecharem os olhos e viajarem ao infinito.” – Poeta Sem Talento

Divagação - Sonhar -

Sonhar...
é devanear-se em liras e cantos, odes e sonatas d’amor, ou conjeturar um novo universo, em pleno moldar da nossa capacidade de...
sonhar.

(Poeta Sem Talento)

quinta-feira, 19 de outubro de 2017

Querubim da Paz

Querubim da Paz
Autor: Luiz Alberto Quadros Gonsalves, o Poeta Sem Talento
Se tu soubesse, Serena,
que o mundo é pequeno e ardido,
semente de pimenta
habitado por filhotes de hienas,
diminuto globo perdido,
em universos adventos,
tempestades e tormentas.
-
Acalenta serena
no peito o amor divino e constante,
sorriso n’alma apaniguada,
por seres, tu, Querubim de Paz,
que em esplendente fervor voraz
procuras o tudo em nada,
por teres a alma elegante,
doce, querida e amena.

Se tu soubesse, Serena, que o orgulho mata
em golpe certeiro do primeiro,
um terço que cai, exangue e atingido,
ficando o terceiro com olhar vacilante.

Pobre Serena linda e radiante,
inocente com o coração afligido,
musa singela de triste sonata.

Há de chorar, Serena musa querida,
a criança largada na rua,
o homicida que bebe no bar,
gente perdida sem direito de amar,
realidade tão clara e crua.

As desumanidades dos seres em vida.

Obraria cônscia as dores do mundo,
em teus ombros protegidos nos cabelos d’ouros?

Serena que sabe sorrir, amar e rezar,
ore por este mundo sem paz,
que o mal não se multiplique demais.

A um anjo, na certa, Deus vai escutar.



quarta-feira, 18 de outubro de 2017

O amanhã não será ingrato

O amanhã não será ingrato
Autor: Luiz Alberto Quadros Gonsalves, o Poeta Sem Talento
Ao fitar o seu rosto corado,
bela donzela,
amaina no peito
a incerteza de anos passados,
agora a vida é bela
abrandada em doce alento.
-
Co’as faces viçosa e vigorosa
traduzes em si, n’alma,
calor, amor firme e direito,
perfumado como a bela rosa,
sagrado como a verde palma,
alegre e coerente, no peito.
-
O amanhã não será ingrato,
há de ser doce a esperança,
ventura será revelo bendito,
ou canto de querubins ao infinto,
anjo azul,  fé e confiança,
das dores só simples distrato.

terça-feira, 17 de outubro de 2017

A Eterna Diva Inspiradora

A Eterna Diva Inspiradora
Autor: Luiz Alberto Quadros Gonsalves, o Poeta Sem Talento
És para mim como a brisa refrescante
no remanso dileto da sombra de árvore abençoada.
-
Amada, teus belos olhos, atraentes e cativantes,
despertam no ser o casto em utopia sem malicia.
-
Dançando a valsa das divas encantadas,
em bel ardor, teus cabelos d'ouros encantam,
transmitindo em suavidade que enternece.
-
E n’alma toda a dor esvanece.
-
Dissolvida vira, a dor, pó do esquecimento,
posto que nada abala o poeta que canta,
um ode a ti, musa de meu avivamento.
-
Quero ter-te, querubim celeste,
doce e graciosa Serena Querida,
deslumbrantes em sonhos imaculados,
pois singelos sãos os meus cantos francos e santos,
iguais  a esta sonata em doce acalanto.
-
E tu és eterna diva inspiradora
de versos unidos em poemas e poemetos,
as vezes, quiçá, um soneto.







  

segunda-feira, 16 de outubro de 2017

Acróstico Claudia Guimarães

Acróstico Claudia Guimarães
Autor: Luiz Alberto Quadros Gonsalves, o Poeta Sem Talento
Candelabro d’ouro que ilumina forte a utopia,
Luz que reflete a imaginação em poesia,
Ante a ti, poeta sem talento, a musa amiga,
Diva da hora, em homenagem salutar,
Integra, e num poema afirma, junta e liga
Acróstico do bem, em  suave e leve cantar.
-
Gentil em tênue encanto, harmônico,
Um toque n’alma, vistosa, que canta
Importante promessa fiel, delicadeza,
Mostrarei a todos poema seleto e épico
A ti, Claudia, amiga querida e integra
Raios de luz, amizade sadia e pureza,
A ti, Claudia, que tens n’alma a nobreza
Estimo ser sempre assim, amigo virtual,
Sincero, simples e sempre natural.
=
Dedicado a Claudia Guimarães, uma das minhas amigas mais antigas, na internet.

-

domingo, 15 de outubro de 2017

A amizade existe

A amizade existe
Autor: Luiz Alberto Quadros Gonsalves, o Poeta Sem Talento
Os anjos, no céu, cantam uma sonata celestial,
e na terra as rosas se abrem em belo sorriso,
é o amor, terno e fraterno, unido corações.
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A amizade existe, em claro manifesto real.
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Olhar nos olhos, pegar na mão, aconselhar
ou mesmo só um gesto fraternal,
isto é ser amigo, compassivo e leal.
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Acróstico Ivone Rondini

Acróstico Ivone Rondini
Autor: Luiz Alberto Quadros Gonsalves, o Poeta Sem Talento
Intento passagem escrito, poética
Vencida em versos salutares e puro,
Onde versa a poesia, livre sem métrica,
Nos versos singelos de parvo mouro
Escreveria a amiga poema vindouro.
-
Resta ao poeta dizer com deferência
Onde existe amizade, mesmo virtual,
Desabrocha uma flor, amizade é rosa,
Imatura, com desconcerto pode quedar,
Não obstante, é fácil no coração guardar.
Intento dizer; amizade em essência e real.
-

A amiga virtual, distante, amizade pura e cristalina, Ivone Rondini.

segunda-feira, 2 de outubro de 2017

Acróstico Maria José Sobral

Acróstico Maria José Sobral
Autor: Luiz Alberto Quadros Gonsalves, o Poeta Sem Talento
Maria mãe de Cristo Salvador
Aos pés do senhor aceitou sua sina com amor
Rogou a si todas as Ternuras de Mãe
Imaculada, Rainha Mãe de todos,
Amou seu Filho com Amor de Mãe
-
José, o Carpinteiro
Operário e consagrado
Sóbrio, honesto e equilibrado
Esteio e base de um lar; no Egito forasteiro.
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Sim, minha amiga querida,
Ondes fores levarás contigo
Benção no nome e no coração
Respeito sincero  e gratidão
Amizade é um lindo artigo
Lindeza graciosa no exemplo e na vida.
-
Dedicado a amiga do coração
Maria José Sobral.
Grato por tua amizade cristalina.

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Acróstico Iara Pedrolo

Acróstico Iara Pedrolo
Autor: Luiz Alberto Quadros Gonsalves, o Poeta Sem Talento
Iara, Mãe D’Água, pele parda,
Amazonas tem por lar,
Raios de luar, longos cabelos a dançar
Amiga e sereia, diva da Lua Clara.
-
Prima-dona, persona do folclore brasileiro
Encanto, no entanto, amiga a ti um canto,
Do fundo do coração, amigo e não interesseiro,
Resenha sincera em esmero e gratidão,
Onde tem amizade tem riso no coração
Leva contigo o encanto sem pranto
Onde planto uma flor amiga do coração.



Acróstico Jaine Pereira

Acróstico Jaine Pereira
Autor: Luiz Alberto Quadros Gonsalves, o Poeta Sem Talento
Jeito ameno de ser, finura,
Amiga d’alma doce e pura,
Imersa em rio de rosas utópicas.
Nas lidas do dia tens a flama das letras,
E o entusiasmo em forma poética.
-
Simples professora, és só candura.
-
Pensas e eleva a si teu o dote lirico
Es assim, extenso no saber e sonhadora,
Rebusca, aperfeiçoa, busca e aprimora
Emotiva, detalhista, caprichosa e perfeccionista
Interativa, comunicativa e participativa
Responsável por inteiro, porem ponderada
A ti, ditosa e primorosa, este acróstico escrito.
-
Simples administradora, és ativa e esmerada.

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Acróstico Jusara Saidelles

Acróstico Jusara Saidelles
Autor: Luiz Alberto Quadros Gonsalves, o Poeta Sem Talento
Jade, pedra ornamental, bela e polida,
Unanimidade no afeto dos colorados amigos
Simpatica, alegre, jovial e desinibida
Afável, delicada e um sorriso tão meigo
Responsável e por teus amigos muito querida
A ti estes versos parcos e agradecidos.
-
Sei que tens a ideologia aquecida
Atuante e convicta em seus ideais
Ideias que marcam, és forte e decidida,
De frente bate, sem medo, se for preciso,
És, no entanto, um encanto em gentileza
Leva este acróstico amigo, parco e sem beleza,
Leva também um abraço forte e cordial,
Estimada, este acróstico foi feito de improviso
Só, agora, no último verso: Viva o Internacional!

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Acróstico Jorge Luiz Quadros


Acróstico Jorge Luiz Quadros Gonsalves
Autor: Luiz Alberto Quadros Gonsalves, o Poeta Sem Talento
Justo,integro, preciso e racional
Ousado, bravo, corajoso e inovador
Racional, coerente, coeso e inteligente
Grêmio, co-irmão do Internacional
És assim, caro irmão, amigo do coração.
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Lição em vida, dedicado e educador
Um passo a frente, na vanguarda e coerente
Imparcial, mas nunca isento
Zela por si, e por quem precisa de proteção.
-
Querido irmã amigo
Uma vez estivemos juntos,
Abraçados, enfrentando o mundo,
Derrotando a torpez e mil perigos,
Responsável, segurou minha mão
Ombrou comigo, mostrando a vida,
Sinalizando tudo.
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Dedicado ao Irmão de sangue e coração
Amigo de verdade, protetor e vigilante
Camarada e companheiro
Jorge Luiz Quadros Gonsalves,


domingo, 1 de outubro de 2017

(Di)Versos

(Di)Versos
Autor: Luiz Alberto Quadros Gonsalves, o Poeta Sem Talento
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Nos teus olhos brilha a sinceridade,
O teu sorriso é só graciosidade...
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O mundo parou por um instante,
E este momento me foi o bastante...
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Seria um poema a mais em um novo dia,
No entanto a mais bela poesia...
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Seleta Serena, Anjo Azul celestial,
As flores da terra te são essencial...
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És tu, divina flor airosa
Lírio, jasmim ou bela rosa...
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És tu que emerge para o universo
Em prosa ou em poema em versos...
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Delgada e formoso, cabelos dourados,
Sorridente, coração amanteigado...
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Um suspiro e uma flor,
Serena, és feita em amor...

O véu da censura no destempero do vento

O véu da censura no destempero do vento. Luiz Alberto Quadros Gonsalves, o Poeta Sem Talento Em enleios, amargos ou doces, fantasias n...