Doce Melancolia
Autor: Luiz Alberto Quadros Gonsalves, o
Poeta Sem Talento
As vezes abate penoso n’alma, doce lembrança,
que parece dilacerar em dor e lamento,
como que querendo apreender a esperança,
sufocando o âmago amargurado e inconsciente.
*
Caleja o peito entristecido, tal atoada
criança,
que, sólita na vida, se aqueda neste momento,
ataroucando o peito, idiota, em vil lambança
ardente e profundo, sem dó; é triste tormento.
*
Depois a dor passa, e vira tênue e doce
aceitação,
parece que adocicado o coração paira
levemente,
em nuvem branca e cristalina; é recordação.
*
E adoçado em dulcificada magia deste
sentimento
a gente até sorri, lembrando da carência no
coração,
doce melancolia, saudade do que foi bom, hoje
ausente.
*
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