sexta-feira, 4 de novembro de 2016

Tarde demais

Tarde demais
Autor; Luiz Alberto Quadros Gonsalves, o Poeta Sem Talento
Tarde demais eu te encontrei.
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Os meus versos sofridos eram, antes,
amargos, frios, soberbos, dilacerantes
vagos, obscuros, imediatos e abstratos,
e tarde de mais eu te encontrei
para colorir o arco íris da vida.
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No entanto com a tua chegada elegante
encontrei um pouco do suave acalento,
leve toque, fumaça de cigarro ao vento,
pensante, na alma que jazia compadecida
ausente, insolvente e vencida na vida.
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Era a luz divina que novamente luzia,
mas tarde demais até para uma poesia.
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E tu não sabes que, mesmo em ausência,
tal imagem extranatural, ficção da mente,
inspiravas versos em dores que mentem.
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Aqueles lânguidos odes invocando a pureza,
sonhos ou ilusão que de fato não existiam,
pois a tua presença não era ainda a natureza.
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Curvo vencido, árvore grande ao vento,
apiedado em mim, em dor e sofrimento.
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Tarde demais...
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