domingo, 6 de novembro de 2016

O Ciclo da Vida

O Ciclo da Vida
Autor: Luiz Alberto Quadros Gonsalves, o Poeta Sem Talento
Quando o último Sol desfalecido
e vexado, cair na linha do horizonte,
aquele do marco final acontecido,
os sabiás se recolherão ao seus ninhos,
seus filhotes, com o olhar interrogativo,
terão a atenção e o doce carinho.

Os colibris sensatos, em marcha graciosa,
saciados pelo néctar adocicado,
estarão, também, seguros e abrigado.

As margaridas tão belas na beira da estrada
sentirão na pele o gelo do orvalho.

O cão da rua terá o seu sossego assegurado,
talvez num canto qualquer de uma avenida.

Os marcados pelos traumas em triste jornadas
em um vai e vem frenético, esquecerão a sua dor.

Para uns a noite cairá tensa, densa e profana,
para outros será a pausa para recomeçar.

Aos que partem nada mais restará.

A sina de todos é assegurada e soberana.

Não sei se haverá tempo de paz ou de guerra
sei que o devaneio do poeta da hora se encerra.

Estarei opaco, olhos fechados e comprimidos,
certamente vitorioso, não vencido.

Me espera, no infinito, o Amor Supremo,
ou, quiçá, o escuro e vazio que tanto temo.






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