domingo, 15 de novembro de 2015

Cidadão do mundo

Cidadão do mundo
Autor: Luiz Alberto Quadros Gonsalves, o Poeta Sem Talento
Sou cidadão do mundo
de vida sofrida,
sorriso contido,
sem eira, nem beira
sem lençol, nem travesseiro,
sem amor e sem dinheiro.

Sou cidadão do mundo,
não tenho pátria,
traste, virei pária.

Sou cidadão do mundo,
sem nada e refugiado,
o pouco que tinha foi tirado,
hoje vivo amargurado,
com o rosto marcado,
jogado
em vala escura,
doença sem cura.

Sou cidadão do mundo,
joguete de interesses
faminto e esfarrapado.

Sou cidadão do mundo
que perambula estrada a fora,
minha alma chora,
o corpo reclama um lugar pra ficar.

Sou cidadão do mundo,
sem rumo,
perdido em meia a bombas
corpo torto que tomba.

Sou cidadão do mundo,
mais um na lista,
sem lugar pra viver,
sem canto pra morrer.


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