A viatura
Autor: Luiz Alberto Quadros Gonsalves, o Poeta Sem Talento
Na negra noite sem lua
corre a viatura, sirene ligada
vento forte, vento Charrua,
mundo de gente armada.
Nas estradas mal iluminadas,
anticorpos na proteção do organismo,
corre corre viatura que combate o mal,
burla a sorte, ruma sem sina segura,
talvez busque a própria sepultura.
Mundo insano, ingrato e mal dirigido
falta amor, falta civismo.
Viver sem norte, a vida tão banal.
Armados, mas não protegidos,
na ilusão de guarda desta vil sociedade
que olha com um olhar torcido.
Na negra noite sem lua
a viatura corre na rua
anticorpos cansados, nunca vencidos.
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