Poetisa
Autor: Luiz Alberto Quadros Gonsalves, o Poeta Sem Talento
Poetisa que cantas a vida,
tens a doce essência,
conhecimento e delicadeza.
Transportas num verso
a infinidade de todo universo.
Afinas aos seres
um brando sentimento
mostrando a todos a nobreza
de cantar e viver o amor.
Mas, se preciso for,
arregaças a manga,
penetras no fundo do baú da verdade
e busca com belas palavras,
ligadas em rimas
com nexo, simples e conciso.
Declaras de modo tão singelo ,
impávido, dolente e sem temor,
acusando a perversidade
que infesta a humanidade;
“falta o respeito, falta o pudor”.
Clamas firme e audaz,
de maneira tão sincera
que num verso estagna
toda a maldade.
Vulcão de autenticidade
em magma de franqueza e cordialidade,
princesa.
Assim, estancas o mal na raiz
e fazes do bobo,
um semeador que não lavra,
ou quiçá um rude proseador,
imagem vazia que é...
um pobre torvo
metido a garnizé.
Depois, suave encanto,
voltas a que te é tenaz,
sonatas, rimas e acalanto
tranquila, equilibrada e em paz.