quarta-feira, 22 de maio de 2024

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Autor: Luiz Alberto Quadros Gonsalves, o Poeta Sem Talento

Eu não tenho a eloqüência dos eruditos,

A oratória me falta por demais,

Na veemência me complica o não dito,

Escondo a miúda o que me tira a paz.

.

Barco que navega em mares estranhos,

Sou um tipo dado a procura,

Fruto da vida entre perdas e ganhos,

Estradas de fados, ocasos ou venturas.

.

Na natureza eu observo a sua beleza,

Do mundo eu nada levarei comigo,

Um pingo de soberba em falsa nobreza,

Todavia jamais fujo do perigo.

.

A sibila eu adorno com os meus versos,

Poeta, eu não me conforma o ódio e a dor,

O meu escritório, às vezes, é universo,

Então, absorto, eu assobio um canto d’amor.   


 

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