terça-feira, 29 de novembro de 2022

Eu queria você pra mim

Eu queria você pra mim

Autor: Luiz Alberto Quadros Gonsalves, o Poeta Sem Talento

Foi você que o vento trouxe repentinamente,

como uma pétala de rosa carmim,

em um esvoaçar lúbrico e suave, diferente,

uma vez que unia o sagrado ao profano,

metade salaz, outra metade querubim,

marcando no ritmo da rima: "eu amo".

-

E o coração, senhor de todos os enganos,

mascava uma utopia doce e viciosa,

borboleteando feliz em um lindo jardim.

.

Botões de ouro, orquídeas, rosas e jasmim,

em um colorido sem fim; amor-perfeito.

.

Em cismas, desvarios, sem razão e nem direito,

eu queria você pra mim, em um cálido amor sem fim.

.

E o seu olhar penetrava n'alma taciturna,

desnuviando um porto fechado que eu encobri,

marcado cada metro da areia, antes soturna,

e dando espaço a um verso d'amor doido e colibri.

.

Eu queria você pra mim marcando a poesia,

que ao mundo nada serve, - mas voa atoa

adoçando os corações carentes em uma utopia -

calar a poesia é esquecer que a vida é boa,

o amor que dá o sentido, mas também traz a fantasia.




 

segunda-feira, 28 de novembro de 2022

E eu te encontrarei, seleta d'olhar felino

E eu te encontrarei, seleta d'olhar felino
Autor: Luiz Alberto Quadros Gonsalves, o Poeta Sem Talento
Seguro e determinado,
eu caminho entre espinhos e flores
sigo a rota de um virtuoso destino.
.
Na estrada um poema em esmero alinho,
e eu sigo só, buscando luzes, riscando em cores,
transfigurado em poeta ardente e ilimitado,
c'as letras emaranhadas e muito improviso,
mas não desanimo e nem me aflinjo,
uma vez que busco a diva d'olha cristalino.
.
E eu te encontrarei, seleta d'olhar felino,
não importa onde estás, ou aonde fores,
eu te encontrarei, seleta d'olhar ladino,
e, ao te encontrar, esquecerei das dores,
esquecerei dos momentos perdidos na vida,
aquilatarei o meu coração aos amores,
uma vez que és a derradeira e doce diva divina,
és tu aquela a qual, eu poeta, me subordino.


 

sábado, 26 de novembro de 2022

Demiurgo

Demiurgo
Autor: Luiz Alberto Quadros Gonsalves, o Poeta Sem Talento
Quem és na essência, de verdade, Demiurgo?
Sobre ti jogam as troças do mundo,
mentiras ilusionistas em primórdios,
que desconstroem a liberdade 
e atiram o ser nas labaredas do ódio?
N'alma, se tens, nem por um segundo
mostra arrependimento de tanta maldade
depositada no fundo cruento do teu coração.
É só perdição, sarcasmo e ferocidade.
Então; quem és tu, Demiurgo?


 

Sigo-te na terra mirando o infinito

Sigo-te na terra mirando o infinito
Autor: Luiz Alberto Quadros Gonsalves, o Poeta Sem Talento
Sigo-te na terra mirando o infinto,
és o marco que molda a vida
ou verso escrito, claro e sucinto,
que cimenta a essência, antes fluída.

Mulher madura em fada constituída
na candura d'alma tens a ternura d'amor.

Ornada em flores, distante do absinto
paraíso dos sonhos, és diva linda,
deidade concebida em forma de uma flor,
à ti o poeta teve os verso com ardor.


 

sexta-feira, 25 de novembro de 2022

É Natal

É Natal
Autor: Luiz Alberto Quadros Gonsalves, o Poeta Sem Talento
É Natal,
dezembro, noite quente,
no ar a percepção é de paz.
É Natal
e a gente sente o coração latente,
um coração que busca a paz.
É Natal,
na vila a noite escura,
mas há um movimento de gente
d'alma nua, alegre, sorridente,
tranquila, feliz e segura.
É Natal de irmandade.
Natal de caridade,
onde quem doa um pouco de si,
não busca louvor ou exposição,
pois doa de coração,
buscando um momento feliz.
É Natal,
Natal do Menino Jesus,
Deus Menino e Luz.
É Natal...


 

quinta-feira, 24 de novembro de 2022

Soneto da devoção

Soneto da devoção

Autor: Luiz Alberto Quadros Gonsalves, o Poeta Sem Talento

Vês, a pouco me concedi um armistício,

Não irei mais bater de frente com os desalentos,

N'alma só a serenidade e o fim deste suplício,

Irei curar ou suavizar os meus ferimentos.

-

Chega viver ao léu, na apatia de um sacrifício,

Não há mais espaço para dores e sofrimentos,

Viver é apegar-se com a alma em um doce vício,

E ter dentro de si os mais belos sentimentos.

-

Nada vai abalar a minha alma e o meu coração,

Terei em ti baliza indicando o amor e a utopia,

E os meus doces versos ao mundo de nada servirão.

.

Os meus escritos serão remidos em afeto e cortesia,

E eu cantarei os meus poemas em amor e devoção,

E tu serás lembrada como a sibila, lady ou poesia.





.


 

terça-feira, 15 de novembro de 2022

Um dia...

Um dia...
Autor: Luiz Alberto Quadros Gonsalves, o Poeta Sem Talento
Um dia, 
quando a minha cadeira estiver vazia,
aquele canto que era meu e da poesia,
haverá no ar uma dúvida ou fantasia,
sobre algo que, talvez nem acontecia.

Naquele poema em que a dor não cabia,
(nos meus escritos d'amor, delírios e utopia)
haverá uma letra encantada ou em agonia,
rimando palavras ditas em tom de magia.

Os medíocres não medirão a sua dicotomia,
os benevolentes serão voz em meiga sintonia,
os complacentes, sorrindo em cortesia,
elevarão aos céus os seus votos em parceria,
já que, visionários, terão ainda a sua anistia,
um dia...



 

sábado, 12 de novembro de 2022

Meu Universo Poético

Meu Universo Poético
Autor: Luiz Alberto Quadros Gonsalves, o Poeta Sem Talento
No meu universo poético és tu a seleta,
que inspira os mais belos anelos,
sonhos que à vida completa
em encantos suaves e singelos.
.
Versaria a ti mil poemas, dileta,
louvores em tributo e desvelo;
és vida multicor que cativa e decreta
aquilo que há de delicado e belo.
.
A magia dos teus olhos, beldade d'amor,
transformam o mouro em dócil vassalo,
aquele esquece da vida, do dia e da dor.
.
E tu tens em si a segurança em tal halo,
auréola em vistosa graça e resplendor;
os versos são doces perfumes que inalo.


 

quarta-feira, 2 de novembro de 2022

Excelso Amor Supremo

Excelso Amor Supremo
Autor: Luiz Alberto Quadros Gonsalves, o Poeta Sem Talento
Na fonte d'amor primavera  e rio fluente,
uma brisa refrescante refrigera a vida,
todo ser mortal esquece das coisas perdidas,
o campo é oleado com um perfume envolvente.
.
O dia tece o amor suave, doce e comovente,
parece que o verde revigora e oxida,
em ares libertos descansa a diva esvaecida;
excelso amor supremo, doce e surpreendente.
.
Ah...dama formosa, beldade de encantos mil,
não há obstáculos ao amor que é verdadeiro,
o amor esbarra em barreiras e enfrenta o vil.
.
Desdenha das posses, pois não é interesseiro,
revigora, depois do embate, em meigo céu anil,
se sólido, o hostil, sucumbe o amor, mas altaneiro.
.


 

terça-feira, 1 de novembro de 2022

Abnegação

Abnegação
Autor: Luiz Alberto Quadros Gonsalves, o Poeta Sem Talento
Que haja luz nas tuas estradas,
águas claras em mansas vertentes,
lindas flores em jardins reluzentes
habitados por querubins e fadas.
-
Que os duendes e as divas agraciadas
unam-se aos gnomos em paz dolente,
e cantem junto um hino que acalente
mimos em respeito a ti, doce amada.
-
E que tu esqueças, por um momento só,
as tristezas de um suave canto d'amor
teimoso em uma quietude que dá dó.
.
Que o céu tenha pena de tanta ardor
e nunca penitencie em efeito dominó
esta paixão cimentada na espera e na dor.



 

O véu da censura no destempero do vento

O véu da censura no destempero do vento. Luiz Alberto Quadros Gonsalves, o Poeta Sem Talento Em enleios, amargos ou doces, fantasias n...