Poente
Autor: Luiz Alberto Quadros Gonsalves, o Poeta Sem Talento
Após o voo do alegre colibri
parte em romaria o emigrante do ar,
em forma de um lindo bailar
e chega junto o ocaso da vida,
o poente não tarda a aparecer.
.
As horas foram-se surdamente,
dormente n'alma a soturna melancolia,
que teima em apegar-se na neblina,
faiscando na vista a dor de um saudade,
uma brisa no rosto ou, talvez, uma poesia.
.
E foram-se as rosas ornadas em buquê,
assolada pelos infortúnios e adversidades,
e ninguem descobre no tempo o seu "porquê".
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