segunda-feira, 26 de julho de 2021

Olha Moço

 Olha Moço

Autor: Luiz Alberto Quadros Gonsalves, o Poeta Sem Talento

Eia moço, te disse uma vez

e te digo de novo

te aconchega que a porteira está aberta

o rancho é pobre, mas acolhe todo o povo.


Aqui não tem ganso gritão,

tem paz e sossego, abraço de irmão,

canjica no fogo e a cuia esperta,

o brasa não espera,

ladeira de frio é churrasqueira de tapera.


Eia moço, a boina na parede

é cortesia da casa amiga

não te azucrina,

as crias que brincam no pátio estão ensinada,

aqui se respeita e ninguém leva nada.


Olha moço, o teu lenço é diferente

mas não tem nada não

esquecemos que era bandeira na revolução

agora é amigo de toda esta gente.


Olha moço o facão não tá enferrujado

foi arma de peão pé de poeira

perdeu o jeito e tá na capoeira

descansando na sombra;

ele foi guerreiro a vida inteira

hoje é homem de paz e não faz besteira.


Olha moço, respeite a nossa tradição;

como eu disse, somos amigão ou até somos irmão.





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