Autor: Luiz Alberto Quadros Gonsalves, o Poeta Sem Talento
Talvez um dia eu perca o tino,
e fuja um pouco do próprio estilo,
voarei nas palavras em vil ferino,
pisando em calos, dragão sibilino.
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Darei um tempo ao amor Divino,
a diva ficará em triste asilo,
mofa, traço troçado e indigno,
perdido em triste vacilo.
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Minhas mão digitarão com raiva,
esquecerei o belo raiar do dia,
serei barco sem leme, á deriva.
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Meus poemas, perdidos e sem meta
tristes missivas, em vil desarmonia.
E eu? Não serei mais poeta.
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