quinta-feira, 23 de agosto de 2018

A Pena Que Não Aflui

A Pena Que Não Aflui
Autor: Luiz Alberto Quadros Gonsalves, o Poeta Sem Talento
Tu que vagas ansiosa no meu mal escrito,
talvez tenha a ânsia de encontrar o perdido,
quimera adormecida em lidas passadas,
ou garimpar em claro cristal o sibilino não dito,
quiça encontro com momentos outrora vivido,
e hoje recôndito e doces, todavia emaranhados,
tal novelo rebelde a ser trabalhado;
quisera olhar nos teus olhos, sacerdotisa,
e dizer-te os mais belos poemas,
que n'alma jorram e vertem,
no entanto, parvo, não aflora mais a vista,
incauto e dolente, sofro na néscia
de ter uma alma mansa, impune, lerda e serena,
que, ainda indócil, deseja afluir em cantos e rimas,
não me engano e nem a ti mais engano,
escasseia, em mim, a frenesi, a força e a poesia,
tenso, olhos nos teus olhos, aflitos,
que procuram, entretanto não aplumo a pena.

A Tua Voz Serena Suave e Tranquila

A Tua Voz Serena, Suave e Tranquila
Autor: Luiz Alberto Quadros Gonsalves, o Poeta Sem Talento
A tua voz serena, suave e tranquila,
quem sabe tal ditame d'um anjo celestial
visto ser aos ouvidos canto sublime,
vertendo em graça e fina harmonia
trazendo o que há de melhor, sibila.
tens a natureza de ter sido nascida d'amor,
doce e querida, Serena Flor,
e assim, em sublimidade e transcendências,
tu segues colocando marcos em simetria
com o mais puro acorde de tua alma e essência.
Deidade dos poemas meus, caricia sem dor,
és árvore pomposa em virtudes
ditosa em plena dádiva do Bento Criador,
a tua estrada na terra é plena em sintonia
com o belo e o agradável, na plenitude,
pois, Serena, és feita d'amor.


segunda-feira, 20 de agosto de 2018

O Fogo, a Roda, a Religião, a Escrita e o Dinheiro

O Fogo, a Roda, a Religião, a Escrita e o Dinheiro
Autor: Luiz Alberto Quadros Gonsalves, o Poeta Sem Talento
O Fogo
A muitos anos mil o homem conheceu o fogo abrasador,
quando teve o seu domínio, moldou a natureza, 
era o inicio de uma Nova Era, o homem dominador.
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A Roda
Parece simples, a primeira grande invenção,
todavia simples não era não, foi uma grande proeza,
economizar energias agora virou moda.
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A Religião
Acima viu o homem uma lua ou um sol, astro celeste,
compreendeu então a existência de um Ser Superior,
baixou os olhos humildemente e pediu proteção.
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A Escrita 
Tudo na vida tem seu inicio; norte, sul, leste ou oeste,
contudo não basta saber das nuances se não ter a sua cor,
sinais e símbolos, uma ideia a exprimir, inventou a escrita.
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O dinheiro
parece palavra vil ou maldita
mas não é não, amigo e companheiro
pois nada se compra se não tiver o dinheiro.
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domingo, 12 de agosto de 2018

Teus Olhos, o Meu Alento

Teus olhos, o Meu Alento
Autor: Luiz Alberto Quadros Gonsalves, o Poeta Sem Talento
Sublime são os teus olhos,
concebidos em multíplice simetria 
Obra Prima do Seleto Criador, 
inspiram odes, liras e poesia
regalo, caricia, um beijo e uma flor.
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Perfazem as dádivas e mistérios
fadados aos deuses e seus critérios,
brindados em néctar, vinho e mel,
olhos, amigos que são, elevam aos céus, 
suspendem as almas cativas do teu olhar.
-
Mergulharei afortunado no teu meigo olhar,
serei Perseu herói, forte e aventureiro.
Marinheiro, a doce Andrômeda irei buscar;
encantado por delicado devaneio e alento
buscarei sempre nos teus olhos o meu alento.
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Epígrafe

Epígrafe
Autor: Luiz Alberto Quadros Gonsalves, o Poeta Sem Talento
Eu sou aquele que aprendeu com quem já tinha feito,
e apreendi para mim  o valor que tem o amor,
pois tantos e tantos amaram tanto,
viveram a alegria ao som de um belo canto,
me fiz então poeta da vida, mesmo sem talento,
pois se aprendi na vida o valor que é o amar,
sei que passo a outros este nobre e rico sentimento.
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Não me constrange dizer que pouco do muito sei,
pois na vida o ensinamento é constante,
repetido, progressivo e incessante;
e se não tenho todo o tempo do mundo,
(gira e anda a roleta da sina, bem sei,)
um dia viro marco passado,
e passo erguido ou ferido á eternidade,
posto serei lápide e pó, esta é a verdade,
e indo, desejo ir em paz e de bem com a vida,
tranquilo, dócil, amigo e sossegado.
-

sábado, 11 de agosto de 2018

A Natureza Te Fez Bela

A Natureza Te Fez Bela
Autor: Luiz Alberto Quadros Gonsalves, o Poeta Sem Talento
Foste tu, divina e serena,
quem perfumou a vida
em toque d'amor,
tão doce flagrância
que esvoaça no ar
em essência leve e amena,
livre da falta e do dano,
posto que és pura em mente,
nascida sem vil em doce amar,
criada na paz com o encanto n'alma
e vives teu idílio em fantasia,
quimera, sonho ou poesia.
-
O teu peito acoberta em doce calma
as purezas da vida em fino andar,
és na essência da existência
persona d'alma afável e pura,
e trazes o bem, o amor e a candura,
adoçada em cordial cortesia.
-
A natureza te fez bela
tal uma rosa branca ou  amarela
-


Os Direitos Humanos

Os Direitos Humanos
Autor; Luiz Alberto Quadros Gonsalves, o Poeta Sem Talento
Os meus direitos,
se não me engano,
são aqueles direitos que ninguém pode negar
ninguém mesmo de verdade,
pois são sagrados à todas ás pessoas,
não só daquelas reles e à toas.
-
Direitos Humanos.
-
Não quero distinção,
quero a Liberdade de Expressão
para lembrar de quem precisa de Alimentação,
Saúde, Moradia e Liberdade
afinal, não são direitos de verdade?
-
Eu tenho ainda e esperança
de que o governo dê  a todos a Segurança
e assegure o nosso direito à Vida.
-
Estes são os Direitos Humanos,
se não me engano,
e não são só direitos dos manos
-

quinta-feira, 9 de agosto de 2018

Morfeu e a Noite

Morfeu e a Noite
Autor: Luiz Alberto Quadros Gonsalves, O Poeta Sem Talento
Quando a sombra da noite, bruscamente,
invade o mundo em árduo e abafado,
a dor sufoca no peito de Morfeu Desiludido,
visto que, recluso e distante de seus amores,
pena mil dores, soturno, em ébano acamado;
vive o mito ser em sonhos sem nada viver,
padece em brumas marcantes,
longe do vinho, do mel e das amantes,
distante das musas e das sibilas,
de Delfos, do Olimpo e das Dividades,
desviado e afastado,
só, proscrito e expatriado
vem, o infesto réu audaz e adoentado, 
escondido na mortalha fria da noite,
e no devaneio e fantasia da sua utopia
espiar as divas em mágoa e saudade.


quarta-feira, 8 de agosto de 2018

Estrela Cadente

Estrela Cadente
Autor: Luiz Alberto Quadros Gonsalves, o Poeta Sem Talento
Uma estrela no céu a correr
inatingível, frenética e virtuosa,
traz o fascínio do desconhecido
e o devaneio em alma outrora dolente,
passa ladina e a todos cativa;
bela, elegante e misteriosa,
tal dama avassaladora e atraente,
sorrido com os ombro erguidos,
na valsa da vida,
e um segredo no peito por esconder. 

quarta-feira, 1 de agosto de 2018

A quem não estende a mão

A quem não estende a mão.
Autor: Luiz Alberto Quadros Gonsalves, o Poeta Sem Talento.
Quando, em sombria noite de inverno,
os vaga-lumes, dormentes, não se mostrarem,
e o gélido da brisa cortar o rosto
em tom gélido e sisudo de agosto,
o sombrio avassalará arrasador e inclemente
a alma pétrea e infesta de toda esta gente
que, teimosa, cisma em reter avesso a ternura,
esquecendo em demasia do remanescente
deixando-o  só, abandonado e apartado,
a largo de tudo, em vil de noite escura.
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Após, no raiar da doce primavera d'amor,
o desatento, antes sem relevo e nem saliência,
sentirá dento de si que ele é um opressor,
uma vez que deu as costas a quem via como indigente;
todavia, no advento das flores, o pirilampo ressurge,
alegrando festeiro as noites graciosas e estreladas,
e, na bonança da vida, o riso outra vez emerge,
e assim, como a vida floresceu pós inverno anuviado,
o alento doma a essência de quem penou e sofreu,
ficando n'alma de quem descuidou do carente
a dor do arrependimento em seu coração em breu.
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O véu da censura no destempero do vento

O véu da censura no destempero do vento. Luiz Alberto Quadros Gonsalves, o Poeta Sem Talento Em enleios, amargos ou doces, fantasias n...