Vício
Autor: Luiz Alberto Quadros Gonsalves, o Poeta Sem Talento
Em passos incertos percorrias os caminhos da
vida,
dançavas a valsa vistosa vestida de cinza,
despreocupada com a lâmina cruel e feroz.
Teu brilho, triste embaralho da melodia
perdida,
era um logro, porquanto tinha tão pouco
pudor,
a luz negra engano terrível, urdia atroz,
tramando uma pedra no caminho, sem dó.
E tu, iludida, via no espelho a amiga
bonança,
em cantos e encantos, pois foste alegre
moça-criança,
no entanto perdeste a oportunidade de buscar
o amor
equivocada, os vícios cegaram teus olhos comprimidos.
Chegou a tempestade, companheira do
arrependimento,
era tarde, a vida enredada com espetros
vencidos
atou em laços lúbricos o que era para ser
tenaz.
Em vícios degradantes trilhaste tua estrada,
cego consumo banal, viseira de luxo, procela
sem dó,
hoje cabisbaixo e sozinha andas tão só.
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