domingo, 12 de abril de 2015

Receio

Receio
Autor: Luiz Alberto Quadros Gonsalves, o Poeta Sem Talento
Receio ser um dia porta fechada ao que sofre a alma alheia,
caneta sem tinta, papel borrado , chama que cansou de arder,
vago no andar, passo tão lento, afastado de quem anseia
um gesto atento, um olhar sereno ou um simples dizer.
-
Receio ter a alma cansada da dor, do amor, do viver,
das coisas tão simples, sem ambição, deitado na areia
assistindo deslumbrado o sol no mar comedido a nascer,
sem a vontade de abrir  o meu dia, saciado pela ceia.
-
Receio perder a vontade dos prazeres da vida
e virar zumbi, sem voz, perdido ao sabor dos ventos
néscio, opaco, sem lustre e nada de sentimento.
-
Na certa seria só mais um morto andando na avenida
sem senso, inconsciente, olhos fixos e indolente.
Receio criar uma alma pesarosa, chorosa e perdida. 


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