domingo, 22 de março de 2015

Adoro olhar o teu olhar

Adoro olhar o teu olhar
Autor: Luiz Alberto Quadros Gonsalves, o Poeta Sem Talento
Conhecer um olhar é obrigação
de quem deseja penetrar até fundo d’alma,
os olhos trazem as luzes do coração,
brilham e irradiam as verdadeiras emoções.
Os olhos mostram e não escondem
a alegria, a paz ou a dor que não acalmam.
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Os teus olhos escondem segredos
ocultos a quem não consegue compreender
a diferença existente entre uma duna de areia
e um forte compacto rochedo.
Engana-se quem espera pó,
encontrará só reação em cadeia.
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Parece que tens um olhar perdido,
lero engano, tens um olhar vivido,
enfrentas-te as arduras da existência
tonificaste o espirito, acentuou a própria ciência.
Apossou-se de vigor tão intenso
que num simples olhar desvenda com clareza
a segurança de quem é uma fortaleza.
Encanta a todos com um só olhar
tão meigo, jovial, doce olhar imenso
fruto de si, firmaste tua nobreza...
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Adoro olhar o teu olhar...


Finório - 037 -

Finório
Autor: Luiz Alberto Quadros Gonsalves, o Poeta Sem Talento
Finório, na sua malícia, sempre foi um velhaco
macaco do mal, ladino,
espirito de porco, maníaco.
Depressivo nunca foi,
embora tenha a bula na cabeça
e o atestado no bolso, cretino.
Não trabalha, não mói, não se moí...
Existe?
Finório é um caso tão triste.
de piranha nunca foi boi,
jogava outro na frente,
sua genialidade não há quem meça.
Malandro, malvado e insolente,
aprontou pro amigo Messa.
(Coitado caiu numa peça,
-“Quem mandou não ser prudente?” )
Finório, homem amargo e cretino,
leva a vida sem ser cristalino,
procura sempre o torvo, pobre otário,
pra taipar mais um destino.
Bilhete do conto, estelionatário,
malandro e temerário,
apronta até em festa de aniversário.
Finório é bicho tão triste,
como ela outro não existe,
candidato a lograr até o vigário.
Finório não é cara solidário...
Finório é um cara tão solitário...


quinta-feira, 19 de março de 2015

Mulher da Bahia, Catucha

Mulher da Bahia,
Catucha
Autor: Luiz Alberto Quadros Gonsalves, o Poeta Sem Talento
De fino trato com a vida,
sabes o que quer.
Perfume
flores,  oferendas
e acarajé.
Rosas brancas, amarelas ou coloridas,
por todos tão querida,
deleite em mil cores.
A todos abate
de forma agradável.
Mulher
tão firme e segura,
tênue, mas com firme estilo.
Força, energia sem fim.
atitude, costume
flores, suave perfume.
Axé...

domingo, 15 de março de 2015

A amizade

A  amizade
Autor: Luiz Alberto Quadros Gonsalves, o Poeta Sem Talento 
A amizade deve ser colada em um centro enternecedor
onde a fidelidade tenha marca
de uma união superior.
-
Deve existir confiança plena, não parca;
quem amigo é sempre confia  
e um ombro benigno,
humano, generoso e digno,
alguém em quem possa acreditar.
-
A amizade
rima com sinceridade,
nunca com maldade.
-
Um amigo é cativo
da palavra de quem ele julga integro.
Ser integro é ser inteiro,
verdadeiro
é isto que se espera de um companheiro.


Formosa Íris

Formosa Íris
Autor: Luiz Alberto Quadros Gonsalves, o Poeta Sem Talento
Formosa Íris,
tão pura é tua alma, 
candura,
tens o encanto,
sorriso, sem planto,
és a deusa, formosa arco-íris,
enxergas por inteiro
e tem nas folhas o encanto
dos seres humanos, teus amores,
escudo
em sete cores
sem nenhum preconceito
verdade de ouro,
simples e perfeito,
amarelo brilhante,
cabelos tão louros.
E levas a vida assim
tão pura,
candura sem dor
doce e formosa Íris,
protetora do amor,
sem nenhum preconceito.

Naquela sala - 035 -

Naquela sala
Autor: Luiz Alberto Quadros Gonsalves, o Poeta Sem Talento
Naquela sala onde tem uma cadeira vazia
ontem habitavam sonhos e devaneios,
suspiros e desejos ardentes
de alguém que sorria para vida.
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Naquela sala alguém vivia
um dia atras do outro, com mil anseios,
era uma alma indolente,
nem teve tempo pra despedida.
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Cadê o garoto que fez em conta
os seus sonhos de ser um jogador
ou, quiça, um simples vendedor?
--
Agarrado em ilusões e sonhos mil
não esperava o que a vida apronta
garoto alegre, morto com bala de fuzil.
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A paixão e a ternura

A paixão e a ternura
Autor: Luiz Alberto Quadros Gonsalves, o Poeta Sem Talento
Na verdade de quem ama
exite um misto de paixão e ternura.
A paixão é sentimento forte que queima e arde,
vai funda n’alma de forma extrema,
faz do ser um marionete da própria ilusão,
fantasia de dor e pouca ventura.
É tão fácil cantar um devaneio em um poema,
difícil é sentir a dor de um sonho desfeito
perde a pose o homem, vira um covarde
as vezes pratica o mal feito.
Nunca te iludas com uma paixão
que pode nem ser amor,
pois não de fato não é do coração.
Paixão é fogo lançado n’alma
que nunca se acalma.
A ternura é diferente
vem do fundo da gente
e é tão pura,
sereno e suave sentimento,
faz perceber que não é só alusão,
vaga e indireta,
é cuidado firme e consciente,
faz unir
nunca dividir.

Encanto

Encanto
Autor: Luiz Aberto Quadros Gonsalves, o Poeta Sem Talento
Flash de luz e de esperança
olhos na utopia,
um sonho, raiar de um novo dia,
sossego e calmo, é bonança.
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Tens a alegria quando lança
 raios de energia em flocos cristalino
que levam o ser ao espaço sideral
em um mundo universo em flor
refrigerado em brisa celeste.
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Paixão ou amor?
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Tão verde o que era mui agreste.
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Cantando me encanto,
então canto ao amor.
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Nos olhos de uma deusa
existe o fulgor fosforescente
que queima e arde,
toca no funda d’alma,
mas faz um bem pra gente.
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Paixão
ou só ilusão?
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E tu segue teus caminhos,
tece o dia tão lindo,
em linho,
limpo e cristalino.
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E eu?
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Sigo
no meu destino
em desatino.
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Solidão.



sábado, 7 de março de 2015

Mulher

Mulher
Autor: Luiz Alberto Quadros Gonsalves, o Poeta Sem Talento
No inicio da minha história
uma mulher me carregava,
e ela me defendia
de perigos que nem imaginava.
Luz de Esperança que sempre luzia
em uma mulher tão simplória.
Para mim não importava
qual seria a minha trajetória,
eu acreditava;
com ela sempre contaria.
Na escola outra que me ensinava
meu coração estava tão apaixonado
que na tábua não eu escrevia
a lição que ela prescrevia.
Não imaginava que ao meu lado
outra tinha o coração angustiado
de amor ela também sofria.
No trabalho uma me auxiliava,
outra estava sempre ao meu lado
e a terceira, firme, me comandava.
Distintas, ao final de cada jornada
seguiam seus destinos de forma diferente.
Uma corria buscar o pequeno na escola,
a segunda praticava esportes, jogava bola,
a terceira altiva e militante,
agitava uma bandeira em busca da igualdade.
Mulheres que fazem girar o mundo
de todo o jeito e toda a maneira.
São frágeis e fortes, amadas e veneradas,
amigas, aguerridas e companheiras.
Mas a primeira visão é que marca,
a da mulher que entrou no quarto,
pés silenciosos, de mansinho.
colocou a mão na testa, com carinho;
“Baixou a temperatura do meu menino”.
Percebi naquele momento
o valor do amor como sentimento.
A mulher nunca deixa ninguém sozinho.



Mãe que tem amor menos se cansa

Mãe que tem amor pouco cansa
Autor: Luiz Alberto Quadros Gonsalves, o Poeta Sem Talento
Nos teus olhos a luz em profundidade,
suave energia que leva ao fundo
da alma um todo num só segundo.
No sorriso a paz e a serenidade
de quem dita á vida em plena integridade.
Teu corpo sente o excesso do labor,
desigualdade que faz todos iguais,
mas todos tão diferentes.
A uns a fortuna e sorri um pouco mais,
a outros a sorte gruda forte na epiderme
sem querer soltar-se jamais.
Mãe só, que trabalha forte, mas canta.
Mãe só, que tem amor pouco cansa
Mãe só, que volta correndo do serviço,
cansada, mas sem fadiga,
busca encontrar sorrido a filha,
filha amada, querida e amiga.



O véu da censura no destempero do vento

O véu da censura no destempero do vento. Luiz Alberto Quadros Gonsalves, o Poeta Sem Talento Em enleios, amargos ou doces, fantasias n...