Autor: Luiz Alberto Quadros Gonsalves, o Poeta Sem Talento
Miguelzinho foi o último Hippie que conheci,
gente simples, igual nunca mais eu vi.
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Lembro ainda dos seus cabelos compridos
vestes coloridas e seu sorriso amigo,
sempre alegre, faceiro de bem com a vida.
Lembro ainda dos seus cabelos compridos
vestes coloridas e seu sorriso amigo,
sempre alegre, faceiro de bem com a vida.
No seu kitnet na Borges de Medeiros
podia-se ouvir a Janis Joplin,
não estes programas de agora, plin-plin.
Passou a vida sem se conformar
com a sociedade vacilante.
Não eram as roupas que fazem um hippe,
era o modo de pensar,
protestar.
Quiz o destino que este jovem
sofresse nos seus derradeiros momentos.
Saúde de ferro, ficou mal,
adoeceu, hospital.
Diálise, mil tormentos.
Era forte
enfrentou sorrindo
a morte
enquanto seu corpo
aos poucos morria.
Foi triste ver num ataúde,
aquele amigo cheio vida
cheio de atitude.
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