Houve Um Homem
Autor: Luiz Alberto de Quadros Gonsalves, o Poeta Sem Talento
Houve um homem de profundeza de espirito singular,
que, mesmo com seu pouco estudo na escola, conheceu o mundo pela escola que a vida lhe apresentou, tornando-se
mestre ativo e líder nato, mas nunca aproveitou de seus dotes e influências para
pregar o mal feito ou o propagar o errado, prejudicando a outras pessoas.
Houve um homem, que cruzou os caminhos de
muitas pessoas, foi amado por algumas destas pessoas e por outras foi odiado,
sentimentos opostos e distintos que lhe dedicavam, e não houve alguém que o conhecesse
capaz de ter á este homem sentimento de indiferença.
Houve um homem que deixou sua imagem verdadeira,
alma rude e coração íntegro que teve em vida, forjando e formando, com o seu
exemplo, outras pessoas que teriam a verdade e a honestidade como ideal
principal.
Houve um homem capaz de esquecer todas as
amarguras que a ingratidão e as injustiças, praticadas por outras pessoas, se
preciso, dar novamente a sua mão em ajuda aos ingratos. Não que fosse um homem
santo ou acima do mal, não era, era simplesmente um parvo homem de coração condescendente
e humanitário. Ele compreendia que, sujeito aos erros, deveria dar ao próximo
nova oportunidade e, também, o direito ao contraditório.
Houve um homem que, por ser homem, acertou e
errou também, e nos seus erros e acertos jamais perdeu a condição de humano e
nunca pactuou com a perversidade ou malicia indevida, pois sabia que a sua
missão, na terra, era proteger ao máximo a verdade, e agia como se busca-se
pautear sua nobre missão terrena; tanto nos seus erros, como nos seus acertos.
Houve um homem d’alma tranquila e serena com
atitudes firmes, que nunca foi rico ou buscou a fortuna.
O seu tesouro maior era ser como ele sempre
foi em vida, um homem de sentimentos nobres, que ensinava com o seu exemplo e
aprendia quem quisesse aprender.
Dedicado ao meu pai; Gervásio Rodrigues Gonsalves